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PLANTÃO MÉDICO
Vacina deverá evitar gripe das aves
JULIO ABRAMCZYK
O problema da Sars (síndrome
respiratória aguda grave), no ano
passado, começou com um dos
mais de 200 tipos de vírus simples
do resfriado comum.
Usualmente benigno, um coronavírus sofreu mutação (alteração do código genético) e tornou-se potencialmente mais virulento
e patogênico. Resultou, segundo a
OMS (Organização Mundial da
Saúde), em 8.098 pessoas afetadas
em todo o mundo (oito nos EUA)
e 774 mortes, antes de ser contido.
A preocupação atual de especialistas da OMS é evitar a disseminação de um vírus da gripe (processo mais sério que o do resfriado), provocado pela "avian influenza" ou gripe das aves. Os vírus A da influenza possuem os
subtipos H e N. Enquanto todos
os subtipos podem ser encontrados em pássaros, somente três
subtipos HA (H1, H2 e H3) e dois
de NA (N1 e N2) são conhecidos
por ter circulado largamente em
humanos. O primeiro isolamento
do vírus HoN1 ocorreu em 1933;
por recombinação genética, surgiu em 1957 o H2N2 da gripe asiática. E assim foram surgindo novos subtipos até o H5N1, que em
1997 passou pela primeira vez de
aves para pessoas em Hong Kong.
Esse mesmo subtipo H5N1 está
se disseminando por países da
Ásia e só geneticamente, em cada
região onde é detectado, apresenta semelhança entre si. Mas essa
diversidade, mínima segundo
Klaus Stöhr, da OMS, é que tornará possível à vacina em desenvolvimento evitar uma pandemia.
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