São Paulo, quarta-feira, 01 de fevereiro de 2006

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"São ladrões de ocasião", dizem policiais

DA REPORTAGEM LOCAL

Para policiais das áreas da Sé, Santo Amaro e Santa Ifigênia, a alta circulação de pessoas e problemas de urbanização -como o comércio informal- prejudicam o policiamento ostensivo e o trabalho de investigação.
"Os criminosos não são organizados. São ladrões de ocasião. Vêm da periferia, roubam e vão embora", diz o delegado Reinaldo Vicente Castelo, do 11º DP (Santo Amaro). "Assim fica muito mais difícil investigar", diz Mário Jordão Toledo Leme, da Seccional Centro -que abrange o 1º DP (Sé) e o 3º DP (Santa Ifigênia).
A assessoria da Coordenadoria Estadual para Assuntos dos Consegs (Conselhos Comunitários de Segurança) afirmou ontem que os conselheiros estavam desautorizados a comentar as estatísticas.
Formados por policiais civis e militares e por integrantes da sociedade civil -que ocupam a presidência-, os Consegs foram criados para auxiliar e fiscalizar a polícia. São vinculados a um coordenador-geral, que pertence ao PSDB, partido do governo.
Ontem, a reportagem tentou, via coordenadoria, contatos com os presidentes dos Consegs dos três DPs para comentar os dados e falar sobre a realidade da região. Em situações anteriores, esse intermediação foi realizada.
Ontem, a assessoria da coordenadoria disse que os conselheiros, que em vários locais se tornaram críticos da política de segurança pública do Estado, não poderiam comentar as estatísticas. Com a insistência da reportagem, a coordenadoria levou o caso para a assessoria da Secretaria da Segurança Pública. A pasta disse que esclareceria o caso hoje.


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