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DEFESA
Colegas preparam
abaixo-assinado
da Agência Folha, em Araxá
Colegas de D.M.S. na escola Vasco Santos pretendem organizar
um abaixo-assinado para tentar
convencer a direção da escola a
mudar de idéia e impedir sua saída.
Quatro alunas ouvidas pela
Agência Folha vêem na direção da
escola Vasco Santos um ato de
preconceito ao recusar a matrícula
de D.M.S.
Elas acham que a decisão é por
causa de suas "travessuras sexuais", e não por causa da indisciplina.
"Se ele sair, a escola vai ficar
sem graça", afirma Gicely Silva de
Paula, 16, estudante da segunda
série do segundo grau e amiga de
D.M.S.
"Acho que eles não querem
mais ele lá porque desmunheca. Se
fosse só por causa de bagunça que
ele faz, teriam de expulsar também
as meninas que andam com ele.
Essas garotas fazem coisas muito
piores", disse Gicely.
A aluna Katia Helena Silva, 15,
considera D.M.S. estudioso.
"Ele é só um pouquinho bagunceiro, mas todo mundo aceita ele
assim como é."
Intervalo
A aluna Patrícia Aparecida da
Silva, 16, é uma das que acompanham D.M.S. na hora do intervalo.
A estudante diz que o assunto
preferido do grupo é falar de namorados e programar os
fins-de-semana.
Aline Rosana Pereira, 15, aluna
do período noturno, é quem passa
para D.M.S. recados de garotos de
seu turno, segundo disse.
Cartas
No final do ano passado, quando
desconfiou que poderia ser expulso, D.M.S. escreveu uma carta para cada um de seus professores no
espaço que sobrou nas folhas de
exames.
Nos textos, ele disse que não
conseguirá viver longe dos amigos, elogia os professores e pede
"mais uma chance".
(EZ)
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