São Paulo, domingo, 1 de fevereiro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DEFESA
Colegas preparam abaixo-assinado

da Agência Folha, em Araxá

Colegas de D.M.S. na escola Vasco Santos pretendem organizar um abaixo-assinado para tentar convencer a direção da escola a mudar de idéia e impedir sua saída.
Quatro alunas ouvidas pela Agência Folha vêem na direção da escola Vasco Santos um ato de preconceito ao recusar a matrícula de D.M.S.
Elas acham que a decisão é por causa de suas "travessuras sexuais", e não por causa da indisciplina.
"Se ele sair, a escola vai ficar sem graça", afirma Gicely Silva de Paula, 16, estudante da segunda série do segundo grau e amiga de D.M.S.
"Acho que eles não querem mais ele lá porque desmunheca. Se fosse só por causa de bagunça que ele faz, teriam de expulsar também as meninas que andam com ele. Essas garotas fazem coisas muito piores", disse Gicely.
A aluna Katia Helena Silva, 15, considera D.M.S. estudioso.
"Ele é só um pouquinho bagunceiro, mas todo mundo aceita ele assim como é."

Intervalo
A aluna Patrícia Aparecida da Silva, 16, é uma das que acompanham D.M.S. na hora do intervalo.
A estudante diz que o assunto preferido do grupo é falar de namorados e programar os fins-de-semana.
Aline Rosana Pereira, 15, aluna do período noturno, é quem passa para D.M.S. recados de garotos de seu turno, segundo disse.

Cartas
No final do ano passado, quando desconfiou que poderia ser expulso, D.M.S. escreveu uma carta para cada um de seus professores no espaço que sobrou nas folhas de exames.
Nos textos, ele disse que não conseguirá viver longe dos amigos, elogia os professores e pede "mais uma chance".
(EZ)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.