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A garota da hora
Cada vez mais loura, sexy e exibida, a atriz Danielle Winits, 24,
virou a mulher da "tarja preta".
Em suas cenas de nudez na novela
"Corpo Dourado", a personagem
Alicinha é implacavelmente perseguida por uma espécie de tapa-sexo eletrônico que cobre seus seios
e a genitália. Ela explica que, na
verdade, trata-se de uma brincadeira da direção, para remeter o
personagem às pin-ups dos quadrinhos eróticos. Além de Alicinha, Danielle faz "Tetê Monroe"
no teatro e prepara-se para interpretar uma garota de programa no
cinema. A referência, na maioria
das vezes, é Marilyn Monroe
-mas ela não tem crise de identidade. "Sou muito diferente de tudo isso. Faço o tipo moleca", diz.
Incomoda aquela tarja preta
perseguindo você, nua?
Não. Eles colocam a tarja para ficar
divertido. Como se fosse um daqueles quadrinhos eróticos. De
qualquer maneira, eu não estou
nua nas cenas.
Ah, não?
Não, eu uso Lib (sutiã e calcinha
da cor da pele e adesivos).
Você interpreta dois símbolos sexuais no teatro e na TV e
ainda está em via de fazer uma
garota de programa no cinema. Não teme o estigma?
Temo a falta de trabalho. De qualquer maneira, quem constrói esse
tipo de imagem, ou deixa que
construam, é a atriz. Se ela se posiciona o tempo todo como símbolo
sexual, vai ser isso o resto da vida.
Procuro construir cada uma dessas minhas louras de maneira diferente. Tem a da praia, a engraçada,
a ingênua etc.
Quem é a loura referência de
todas elas?
A Marilyn (Monroe).
Nunca passou por uma crise
de identidade?
É que eu sou tão diferente disso tudo. Sou relaxada, nada pin-up.
Afinal, onde termina a Danielle Winits e começa a loura sexy
dos personagens? A Alicinha,
por exemplo, qual a diferença
entre você e ela?
Faço uma loura gostosa, mas ingênua -bem diferente de mim. Na
hora em que o Marcos Winter fala
"Olha quanto gavião nessa praia",
ela pensa que é gavião de verdade.
Mas, ao mesmo tempo, a Alicinha
é sensível. Ela ainda vai sofrer,
querer se vingar, mostrar, enfim,
que não é uma loura frívola.
O que você sente quando o
Marcos Winter chupa o dedão
do seu pé?
Cosquinha. Mas só. É tudo muito
profissional.
Acha seu pé bonito?
Meu pé é de bailarina, cara, cheio
de calo. Faço dança quase todo dia.
Mas ninguém nota isso na TV.
É que eu tenho cuidado mais dele.
Pinto as unhas e tudo.
Acha que faria bem uma morena?
Claro. Eu gosto de ir a extremos. Se
é burra, é burra, se é engraçada, é
uma palhaça. Aliás, sou ótima para
imitar. Adoraria fazer uma lavadeira bem grossa, escrachada...
Com esse corpo?
Dá para fazer. Como a que a Denise Fraga fazia no teatro.
Seu namorado (o modelo André Segatti também é louro, alto, bonito etc.) foi coincidência
ou você prefere os bonitos?
Prefiro os inteligentes...
Ah, além de tudo, ele é inteligente.
Tem humor. Acho fundamental.
Você está acompanhando o
noticiário sobre os casos extraconjugais do presidente dos
EUA, Bill Clinton?
Por alto.
Segundo um jornalista americano, Clinton costuma comentar com amigos e guarda-costas que a prática do sexo oral
-que ele teria feito com as moças envolvidas- não constitui
adultério. O que você acha?
Um absurdo. Oral, anal, não tem
diferença. É tudo traição. Ele está é
numa fria e não sabe como sair. O
mais digno seria assumir...
E a Hillary?
Mesmo assim. Fica muito na cara
que é falso. Depois ele lava a roupa
suja em casa. Eu, se fosse sua eleitora, acharia muito mais digno.
Ao que parece, boa parte de
suas eleitoras até gosta desse
lado mulherengo do presidente. Ele é tido, lá, como uma espécie de galã. O que você acha?
Bem, ahn, um, é, não é ruim, não.
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