da Reportagem Local

Quem vive na zona sul de São Paulo, nas áreas consideradas de risco, enfrentou ontem a segunda enchente em apenas 26 horas.
A maioria das famílias voltava para casa quando começou o novo temporal, às 16h.
""Foi o tempo de socorrer meu pai, que anda com carreira de rodas, tirar a televisão e algumas roupas", disse o segurança Valter Aparecido de Souza, 26, morador do Campo Limpo.
Recém-casado, Souza perdeu todos os móveis que havia comprado há três meses. O prejuízo passa de R$ 4 mil.
Quem teve a casa alagada está na casa de amigos ou na rua desde anteontem, cuidando dos móveis molhados.
O dono de imobiliária José Geraldo Fernando de Oliveira, 50, calcula que perdeu R$ 15 mil com as duas enchentes seguidas.
""Limpei a casa e estava voltando as coisas quando a água subiu de novo. Perdi tudo", disse.
O primeiro temporal derrubou o muro e a comporta de ferro, que media 1,8 metro, que Oliveira mandou colocar no lugar do portão para escapar das cheias.
A correnteza derrubou o muro, o portão e arrastou móveis da imobiliária. ""Na correria, usei um tambor para salvar oito cachorrinhos que iriam se afogar. Eles saíram boiando", afirmou.
O motorista Ismael de Melo, 47, viu a filha de 14 anos voltar da escola em cima de um caminhão do Corpo de Bombeiros. ""Ela ficou presa na inundação." (AS)

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