da Reportagem Local

Meia hora de chuva forte foi o suficiente ontem para transformar o córrego Pirajussara em um rio com cinco quilômetros de extensão por até 300 metros de largura na região do Campo Limpo (zona sul de São Paulo).
O nível da água passou de um metro e meio em determinados pontos, obrigando os moradores a sair de suas casas com o que podiam carregar nas mãos.
O córrego divide São Paulo de Taboão da Serra, onde também houve casas alagadas.
Os moradores da região culparam um deslizamento de encosta pela inundação. A terra caiu sobre o leito do córrego. ""Teve um barulho muito forte, a terra cedeu e a água veio para cima das casas", disse o motorista Ricardo Máximo da Silva, 26, que perdeu todos os móveis, roupas e documentos pessoais durante o temporal.
A água invadiu pátios de indústrias, derrubou muros e danificou o asfalto, além de espalhar lama e galhos de árvores no bairro.
Apesar da cheia do córrego, o Corpo de Bombeiros não registrou nenhuma ocorrência com feridos. O helicóptero da Polícia Militar sobrevoou a região após a chuva para tentar localizar vítimas das enxurradas.
Os moradores das regiões mais baixas, perto do córrego, tiveram de esperar mais de duas horas até o nível da água abaixar.
Há duas escolas no Campo Limpo que estão sem aula há dois dias porque há risco de inundação em caso de chuva. (AS)


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