São Paulo, quinta-feira, 01 de março de 2001

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Estudante diz que viveu "15 minutos de terror"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Com a mão direita enfaixada, o estudante Gustavo Manfredini, 18, contou à Polícia Federal que viveu pelo menos "15 minutos de terror" no navio Rapsody, na madrugada de anteontem. "Até o incidente, tudo transcorria perfeitamente dentro da normalidade."
Em depoimento, ele disse que os seguranças batiam "com técnica". "Eles trocavam olhares entre si e aplicavam golpes violentos em todas as partes do corpo."
Segundo o jovem, os tripulantes do navio tentaram convencer os agredidos a não prestar queixa à PF. "O médico e a enfermeira que estavam de plantão no momento da confusão tentaram minimizar o problema", afirmou.
A decisão de prestar queixa à PF partiu do estudante Henrique Brito, 18. Após serem atendidos no hospital Aliança, os dois adolescentes e Fábio Bordgnon, 19, entraram em contato com a Polícia Federal e relataram a confusão ocorrida dentro da boate. De posse do laudo médico, agentes da PF impediram a saída do Rapsody em direção ao Espírito Santo.
Somente ontem pela manhã, depois de pagar ao hospital e garantir passagem de volta para os passageiros que ficaram em Salvador, o navio recebeu autorização para continuar a viagem.
Para o advogado José Raymundo Almeida de Sant'Anna, os três estudantes foram levados pelos seguranças israelenses para um "cárcere privado". "Eles simplesmente ficaram incomunicáveis enquanto eram espancados, em um compartimento totalmente escuro do navio."


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