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Estudante diz que viveu "15 minutos de terror"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Com a mão direita enfaixada, o
estudante Gustavo Manfredini,
18, contou à Polícia Federal que
viveu pelo menos "15 minutos de
terror" no navio Rapsody, na madrugada de anteontem. "Até o incidente, tudo transcorria perfeitamente dentro da normalidade."
Em depoimento, ele disse que
os seguranças batiam "com técnica". "Eles trocavam olhares entre
si e aplicavam golpes violentos em
todas as partes do corpo."
Segundo o jovem, os tripulantes
do navio tentaram convencer os
agredidos a não prestar queixa à
PF. "O médico e a enfermeira que
estavam de plantão no momento
da confusão tentaram minimizar
o problema", afirmou.
A decisão de prestar queixa à PF
partiu do estudante Henrique Brito, 18. Após serem atendidos no
hospital Aliança, os dois adolescentes e Fábio Bordgnon, 19, entraram em contato com a Polícia
Federal e relataram a confusão
ocorrida dentro da boate. De posse do laudo médico, agentes da PF
impediram a saída do Rapsody
em direção ao Espírito Santo.
Somente ontem pela manhã,
depois de pagar ao hospital e garantir passagem de volta para os
passageiros que ficaram em Salvador, o navio recebeu autorização para continuar a viagem.
Para o advogado José Raymundo Almeida de Sant'Anna, os três
estudantes foram levados pelos
seguranças israelenses para um
"cárcere privado". "Eles simplesmente ficaram incomunicáveis
enquanto eram espancados, em
um compartimento totalmente
escuro do navio."
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