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Polícia apura caso de portadora de paralisia cerebral que engravidou
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
A Polícia Civil de Montes Claros
(MG) está investigando o caso de
uma mulher de 23 anos que, apesar de ter paralisia cerebral desde
o nascimento, não falar e não andar, deu à luz um bebê prematuro
no último dia 13.
Segundo a família de Maria
Aparecida Silva Neves, ela começou a ter febres altas no início do
mês e foi internada na Santa Casa
da cidade sem que houvesse a suspeita de que ela estivesse grávida.
Médicos acharam que era bronquite, mas um ultra-som constatou a gestação, já no sétimo mês.
Como se tratava de uma gestação de risco, a cesariana foi feita
no dia seguinte. O recém-nascido,
uma menina, está em uma incubadora. Segundo os médicos, o
bebê passa bem e não corre risco
de morte. Maria Aparecida teve
alta médica e se recupera em casa.
A mãe da vítima, a dona-de-casa Eva Ferreira Silva Neves, 51,
disse não suspeitar da identidade
do estuprador da filha. Segundo
ela, vários homens, entre parentes
e amigos, têm acesso à casa.
Eva, mãe de mais cinco filhas
com idades de 21 a 32 anos, diz
que nunca suspeitou da gravidez.
"Ela tem a mentalidade de um bebê. Nós ficamos chocados. A pessoa que fez isso não deixou marcas nela, nada de que pudéssemos
suspeitar." A dona-de-casa afirmou que pretende criar a neta.
A delegada Marluce Gomes da
Costa Araújo, que preside o inquérito, já ouviu o pai de Maria
Aparecida, Pedro Pereira das Neves, 55, duas filhas dele e um genro que mora no lote da família.
Segundo ela, não há ainda provas consistentes contra alguém.
Todos que frequentam e moram
na casa serão investigados.
Marluce disse que vai negociar
com a Delegacia Regional de Polícia Civil a possibilidade de fazer
exames de DNA nos suspeitos.
"Vamos investigar e ver se chegamos a um número de suspeitos
reduzidos, já que a coisa ainda está muito no começo. Caso a investigação convencional não seja suficiente, posso pedir o exame de
DNA para identificar o autor do
estupro."
(RANIER BRAGON)
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