LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Sem trios elétricos, o Carnaval do Pelourinho (centro histórico de Salvador) é um retorno ao passado. Em vez das potentes caixas de som instaladas nos caminhões que transportam as estrelas da música baiana, o Pelourinho oferece aos foliões bandas de frevo, marchinhas, performances de mascarados, bonecos alegóricos e grupos folclóricos.
A decoração das ruas centenárias também é diferente -serpentinas, iluminação cênica e bonecos de até quatro metros de altura simbolizam as "baianas", o tema do Carnaval de Salvador.
Entre as "baianas" tipicamente vestidas está um boneco que lembra Carmen Miranda, a portuguesa que na década de 40 foi a maior divulgadora da música brasileira nos Estados Unidos.
O Pelourinho também oferece outra atração aos foliões -toda programação é gratuita. As crianças, que não têm espaço nos circuitos tradicionais, contam com uma programação especial no centro histórico -todos os dias, à tarde, são realizados bailes infantis, com a presença de palhaços e animadores.
"Pelo menos 150 mil pessoas por dia vão brincar o Carnaval no Pelourinho", disse a presidente da Emtursa (Empresa de Turismo de Salvador), Eliana Dumet.

Modelo
Pelo segundo ano consecutivo, a modelo brasileira Gisele Bündchen passa o Carnaval em Salvador. Ontem, ela assistiu a uma apresentação de um coral formado por alunos do Liceu de Artes e Ofícios.
Na próxima segunda-feira, Gisele Bündchen vai visitar o camarote da cantora Daniela Mercury.
A maior atração do Carnaval de Salvador hoje é a saída do mais antigo bloco afro da Bahia, o Ilê Ayiê. Com 2.500 integrantes, o bloco não aceita brancos, a não ser convidados -Caetano Veloso já confirmou presença no desfile.
O Carnaval de Salvador foi aberto oficialmente anteontem à noite, quando o prefeito Antonio Imbassahy (PFL) entregou a chave da cidade para três "baianas". Em seguida, milhares de foliões entraram pela madrugada cantando e dançando ao som de Carlinhos Brown, Ivete Sangalo e Margarete Menezes.


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