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Traficante teve de acordar às 5h
DA AGÊNCIA FOLHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem de longe o dia de Beira-Mar, no presídio de Presidente
Bernardes, se parece com a rotina
que ele tinha em Bangu 1, no Rio.
Em vez de TV, jornais do dia, visita duas vezes por semana e acesso a telefone celular, o traficante
passou o primeiro dia trancado
em uma cela, tendo de cumprir
uma rotina de verificação. Às 5h,
teve de levantar o braço para a
primeira contagem do dia. Às 6h,
depois da troca de turno dos
agentes, houve outra. Serão dez
dias desse jeito, isolado, sem banho de sol ou visita.
O café da manhã foi servido às
7h: leite, café, pão e manteiga. Ao
meio-dia, foi distribuído o almoço, preparado pelos detentos do
presídio vizinho. O cardápio é variado e inclui sempre um tipo de
carne. Para beber, apenas água.
Às 15h, todos os presos receberam o café da tarde, igual ao da
manhã. O jantar é servido às 17h.
As refeições são feitas com pratos
e talheres de plásticos.
A última contagem acontece às
18h. Não há horário fixo para o
banho -que é frio. Às 22h, as luzes das celas são apagadas.
Pela manhã, uma advogada tentou visitá-lo e entregar-lhe alimentos, o que foi negado pela direção da prisão. Foi permitida
apenas a entrada de uma bíblia,
deixada pela advogada.
Só hoje, por meio das visitas, os
outros presos deverão saber da
presença do traficante no local.
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