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Jorge diz que espera contenção do fisiologismo
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-secretário municipal da
Saúde de São Paulo Eduardo Jorge disse esperar que sua demissão
contenha os "apetites fisiológicos" que pressionam a prefeita
paulistana, Marta Suplicy (PT).
No último compromisso público, ontem de manhã, Jorge também atacou questões partidárias.
"Eu, quando deixei meu mandato de deputado federal, falei para a Marta: "me deixe fora dos fuxicos do PT, dessa luta interna infindável do PT. Deixe só eu trabalhar com o sistema de saúde". Eu
não quero saber dessa política e
dessa luta interminável por nacos
do poder, que hoje parece que é a
motivação básica de setores do
nosso partido", afirmou, ainda
justificando sua saída.
Demitido pela prefeita na última quarta-feira, Jorge divulgou
no dia seguinte uma carta em que
acusava Marta de forçar o loteamento político das coordenadorias de saúde das subprefeituras
entre vereadores. Ainda segundo
ele, a prefeita resiste à expansão
do PSF (Programa Saúde da Família), plano de atenção básica
prioritário para o governo Lula.
O ex-secretário reinaugurou
ontem um posto de saúde, que
passou a ser sede do programa.
No discurso para a população,
voltou a questionar a resistência
da prefeita à expansão do PSF.
"Não existe coisa mais importante do que isso. Lula, que é de muita sensibilidade, disse que é a coisa mais importante", disse Jorge.
O secretário das Subprefeituras,
Antonio Donato Madormo, divulgou ontem nota afirmando
que todas as nomeações feitas até
agora para as coordenadorias de
saúde foram submetidas ao ex-secretário. "Nenhum indicado para
assumir as coordenadorias exerceu cargo de direção no PAS [Plano de Atendimento à Saúde"",
disse no texto. Havia rumores sobre indicações, por vereadores, de
pessoas ligadas a irregularidades
durante a vigência do plano. Madormo disse não saber se os subprefeitos receberam indicações de
políticos.
(FL E CHICO DE GOIS)
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