DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Antes mesmo da obrigatoriedade, é possível encontrar veículos de transporte escolar que usam as cadeirinhas. A maioria, no entanto, tem apenas um equipamento que é usado apenas com crianças de idade até quatro anos.
O sindicato que reúne a categoria diz que a medida é mais comum nos carros que atendem escolas particulares, porque os pais são mais exigentes.
Alguns dos clientes dessas peruas chegam a oferecer a cadeirinha particular quando contratam o serviço. "Tem pai que contrata o serviço e já vem com a cadeirinha que é para ser usada", diz Maria de Lourdes Rodrigues, líder do sindicato.
O motorista Mario dos Santos Pereira, 46, que trabalha com transporte escolar há 10 anos, é um dos que carrega uma cadeirinha dentro do veículo.
"Tenho uma criança de quatro anos que usa. Ela ainda é pequena para ir direto no banco", contou. Recomendado por escolas como a Jacarandá Berçário, no Pacaembu, zona oeste de SP, ele diz achar importante para a tranqüilidade dos pais. "Se aumenta o conforto e a segurança das crianças, eu acho melhor usar porque os pais ficam mais tranqüilos, e eu, que dirijo, também."
As outras crianças que ele transporta, de seis a 14 anos, vão nos bancos comuns da perua Besta, sem o "booster" que elevaria o banco.
Ontem ele perguntou a uma das clientes mirins, uma menina de seis anos, se ela queria usar a cadeirinha. A menina recusou, disse que já era "grande" e foi colocada no cinto de segurança abdominal comum. "Se ela não quer, também não obrigo. Só a menorzinha que precisa", disse o motorista.
Em Moema, a motorista Regiane de Oliveira, 34, também disse usar a cadeirinha com as crianças menores, mas ontem não havia nenhuma dentro do veículo, onde só haviam alunos com mais de dez anos. "Se eu vou buscar uma criança pequena, eu levo; se não, deixo em casa porque ocupa espaço."
Segundo ela, alguns fiscais já pedem o equipamento. "É como se fosse obrigatório já, se a gente anda com criança pequena, o fiscal pede."


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