da Reportagem Local

As entidades assistenciais destinadas às crianças do Estado de São Paulo estão sofrendo com a falta de verbas. Uma das principais razões, segundo Maria Cecília Zilioto, presidente do Conselho Consultor da Abrinq, é a quantia reduzida de dinheiro que é repassada - e os atrasos nos repasses - para as instituições pelas prefeituras.
"As instituições estão em uma condição crítica. E o pior é que, como a população está empobrecida, não pode ajudar muito. E o empresariado também está em crise."
As entidades estão tendo que improvisar para sobreviver mesmo com a falta de verbas.
"O custo real de cada criança é de cerca de R$ 300, mas recebemos cerca de R$ 100 por criança", diz Francisca Oliveira, administradora do Lar Plantio do Amor, em Osasco (Grande São Paulo).
O lar cuida de 43 crianças carentes. "Estamos tendo de pedir doações para a comunidade. Estamos nos virando de todas as formas possíveis, organizando várias festas filantrópicas", afirmou Francisca.
Segundo Maria Lúcia Gomes, do departamento de apoio a entidades da Prefeitura de Osasco, os repasses estão sendo feitos à entidade. "Só que é uma instituição particular, o município não cobre todos os gastos", diz.
A situação é parecida no Lar Jane Suzana, em Taboão da Serra (Grande SP), que cuida de crianças carentes dos 3 meses aos 6 anos. "Estamos contando com o apoio da comunidade ", diz Karin George, responsável pela administração da instituição.
O lar recebe cerca de R$ 320 por mês durante seis meses por ano. Segundo a Prefeitura de Taboão da Serra, a entidade pode conseguir mais verbas se se inscrever no Conselho Municipal da Criança e do Adolescente da prefeitura.
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