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CORRUPÇÃO
Vereadores que votaram contra a apuração das denúncias pela Câmara de SP cedem à pressão popular
PMDB decide apoiar CPI da oposição
CLÁUDIA COLLUCCI
da Redação
A bancada do
PMDB na Câmara de São
Paulo recuou e
decidiu ontem
votar favoravelmente à formação de CPI, proposta pela oposição, para apurar as
denúncias de corrupção nas administrações regionais. A bancada é
composta por quatro vereadores
-Milton Leite, Antônio Goulart,
Jooji Hato e Lídia Corrêa.
Na terça, apenas Lídia votou a favor da CPI proposta pelo vereador
José Eduardo Cardozo (PT). A CPI
foi vetada por 29 votos a 24.
Com a decisão do PMDB, a oposição conta agora com 27 votos favoráveis à formação da CPI. Com
28, consegue sua aprovação. A Folha apurou que o 28º voto deve ser
do vereador Jorge Taba (PDT).
Um novo pedido, com algumas alterações, deve ser apresentado esta
semana pela oposição, formada
por PT, PSDB e PC do B.
Segundo Jooji Hato, 49, a bancada resolveu apoiar a CPI ao perceber que ela é uma exigência da opinião pública. "Nunca fomos contra a apuração das denúncias. Em
um primeiro momento, achamos
que as investigações da polícia e do
Ministério Público eram suficientes para apurar o caso." Hato diz
que a bancada do PMDB teme que
a CPI da oposição seja de "cartas
marcadas".
"Vamos apoiar de qualquer maneira, mas defendemos um outro
nome", afirmou ele.
O vereador Adriano Diogo (PT)
afirma que o partido não abre mão
de que José Eduardo reapresente o
pedido de CPI. "Ele tem formação
técnica suficiente para conduzir a
CPI e foi quem teve iniciativa de
apresentar o projeto."
Além do pedido de CPI da oposição, a Câmara pode ter esta semana outro projeto para colocar em
votação.
Uma proposta, protocolada pelo
vereador Brasil Vita (PPB), defende a criação de uma CPI só após a
conclusão das investigações do
Ministério Público.
Além disso, a proposta livra os
secretários, o prefeito e os vereadores da investigação.
Apesar de a situação ter apresentado o pedido, os próprios vereadores governistas dizem que a proposta vai ser rejeitada.
²
Pacote
O presidente da Câmara, Armando Mellão (PPB), decide hoje se o
pacote de medidas proposto pelo
prefeito Celso Pitta (PPB) para alterar a estrutura das administrações regionais pode ser colocado
em votação na sessão de amanhã
do Legislativo.
A avaliação das medidas na Câmara dependia, na semana passada, de um parecer conjunto das comissões de Justiça, Administração
e Finanças.
Essas comissões tinham 30 dias,
a partir da semana passada, para
emitir o parecer sobre a legalidade
das propostas de Pitta, mas poderiam reduzir o prazo devido a um
pedido de urgência na votação feito pelo prefeito.
²
Colaborou
João Carlos Silva, da Reportagem
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