São Paulo, sábado, 01 de abril de 2006

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SOB NOVA DIREÇÃO

Cerca de 5.000 docentes e funcionários, de acordo com a PM, protestaram em frente à prefeitura

Professores fazem protesto e mantêm greve

DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 5.000 professores e funcionários da rede municipal de ensino de São Paulo cercaram a sede da prefeitura na tarde de ontem, quase na mesma hora em que o tucano José Serra renunciava ao cargo de prefeito.
Em assembléia, eles decidiram manter a greve iniciada na terça. A categoria pede um reajuste salarial e mudanças no projeto implementado pela prefeitura.
A PM estimou em 5.000 o número de manifestantes. Para a organização do ato, foram 9.000. Nem Serra nem o novo prefeito, Gilberto Kassab (PFL), estavam no prédio. Depois da votação, os professores seguiram numa passeata até a Câmara Municipal.
Durante a manifestação, a renúncia de Serra foi lembrada. "Ele saiu e deixou o funcionalismo sem aumento", discursava o presidente do Sinpeem (sindicato da categoria), Claudio Fonseca, ex-vereador pelo PC do B.
Sobre a greve, o Sinpeem afirmou que a adesão ontem passou dos 70%. A Secretaria da Educação não fez um balanço. A Secretaria de Gestão disse que a paralisação atinge "apenas uma pequena parcela da rede".
Reportagem da Folha mostrou ontem que a greve afeta as aulas nas escolas. Pelo menos quatro CEUs (Centros Educacionais Unificados) ficaram sem aulas anteontem e, em outras dez escolas consultadas, duas estavam totalmente paradas. Seis funcionavam parcialmente. As aulas não pararam nas demais.

Reajuste
A categoria pede um piso salarial de R$ 960. Hoje, o professor com ensino médio que ingressa na rede ganha R$ 509.
O Sinpeem afirma ainda que o projeto que prevê atividades antes e depois das aulas desestruturou outros programas, como as salas de leitura e informática.
A Secretaria de Gestão divulgou uma nota dizendo que a greve é oportunista e que apresentará uma proposta de reajuste nos próximos 15 dias.
Já a Secretaria da Educação afirma que as atividades educacionais fora do período de aula são oferecidas em "espaços da cidade (museus, parques e teatros)" e que foram contratadas pessoas para fazer oficinas no programa.
(FÁBIO TAKAHASHI)


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