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SOB NOVA DIREÇÃO
Cerca de 5.000 docentes e funcionários, de acordo com a PM, protestaram em frente à prefeitura
Professores fazem protesto e mantêm greve
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 5.000 professores e
funcionários da rede municipal
de ensino de São Paulo cercaram
a sede da prefeitura na tarde de
ontem, quase na mesma hora em
que o tucano José Serra renunciava ao cargo de prefeito.
Em assembléia, eles decidiram
manter a greve iniciada na terça.
A categoria pede um reajuste salarial e mudanças no projeto implementado pela prefeitura.
A PM estimou em 5.000 o número de manifestantes. Para a organização do ato, foram 9.000.
Nem Serra nem o novo prefeito,
Gilberto Kassab (PFL), estavam
no prédio. Depois da votação, os
professores seguiram numa passeata até a Câmara Municipal.
Durante a manifestação, a renúncia de Serra foi lembrada. "Ele
saiu e deixou o funcionalismo
sem aumento", discursava o presidente do Sinpeem (sindicato da
categoria), Claudio Fonseca, ex-vereador pelo PC do B.
Sobre a greve, o Sinpeem afirmou que a adesão ontem passou
dos 70%. A Secretaria da Educação não fez um balanço. A Secretaria de Gestão disse que a paralisação atinge "apenas uma pequena parcela da rede".
Reportagem da Folha mostrou
ontem que a greve afeta as aulas
nas escolas. Pelo menos quatro
CEUs (Centros Educacionais
Unificados) ficaram sem aulas anteontem e, em outras dez escolas
consultadas, duas estavam totalmente paradas. Seis funcionavam
parcialmente. As aulas não pararam nas demais.
Reajuste
A categoria pede um piso salarial de R$ 960. Hoje, o professor
com ensino médio que ingressa
na rede ganha R$ 509.
O Sinpeem afirma ainda que o
projeto que prevê atividades antes
e depois das aulas desestruturou
outros programas, como as salas
de leitura e informática.
A Secretaria de Gestão divulgou
uma nota dizendo que a greve é
oportunista e que apresentará
uma proposta de reajuste nos
próximos 15 dias.
Já a Secretaria da Educação afirma que as atividades educacionais fora do período de aula são
oferecidas em "espaços da cidade
(museus, parques e teatros)" e
que foram contratadas pessoas
para fazer oficinas no programa.
(FÁBIO TAKAHASHI)
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