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Advogados divergem sobre legalidade
DA REPORTAGEM LOCAL
Advogados especializados em
licitações consultados pela Folha
divergem quanto à legalidade do
aumento de 48% no preço inicial
da construção das duas passagens
subterrâneas sob a avenida Brigadeiro Faria Lima (zona oeste).
A lei de licitações fixa um teto de
25% para acréscimos a contratos
já assinados, mas a prefeitura
apresentou parecer favorável assinado pelo advogado Adilson
Abreu Dallari. No parecer, o advogado argumenta que o aumento no custo da obra é resultado de
uma alteração qualitativa -segundo ele, alterações quantitativas são sujeitas ao teto de 25%.
No entanto, de acordo com o
advogado Paulo Boselli, o teto é
impositivo e, se o custo da obra ficar acima desse limite, deverá ser
feita uma nova licitação. "A lei é
clara com o limite de 25%. Senão
eu licito uma cabana e construo
um prédio", afirmou.
Mas o advogado Benedito Porto
Neto afirma que é possível a interpretação feita no parecer da prefeitura. Já para o advogado Carlos
Ari Sundfeld o assunto é polêmico, mas, segundo ele, o entendimento mais comum entre os juristas é o de que alterações em
projetos são possíveis se feitas
com o acréscimo de até 25%.
O vereador tucano Gilberto Natalini, adversário político da prefeita, vai entrar com ação popular
contra o aditamento. "É um absurdo a prefeitura gastar R$ 71
milhões a mais do que o previsto.
A lei que limita as alterações a
25% deve ser cumprida", disse.
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