São Paulo, quinta, 1 de maio de 1997.

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Escolas dizem cumprir pedidos

da Agência Folha, em Recife

O presidente do sindicato dos proprietários de escolas, José Gomes Santiago, disse que os problemas dos professores da rede particular ``acontecem em diversas outras atividades, no mundo todo''.
``É notório que os salários não são os melhores. Mas é também assim em outras profissões e até com professores de países do Primeiro Mundo'', disse ele.
Segundo Santiago, em termos salariais, a situação do professor da rede particular poderia ser melhor ``se os pais dos alunos pudessem pagar as mensalidades cobradas, em vez de se tornarem inadimplentes, como acontece hoje''.
Ele disse que ``só escolas pequenas e no primeiro ano de vida'' pagam o piso (R$ 174,30 para professor primário e hora-aula de R$ 2,21 para 1º e 2º graus).
A maioria, disse ele, já paga acima disso. ``Muitas escolas pagam R$ 5, R$ 8, R$ 12 a hora-aula.''
``Nós temos registro de que aproximadamente 60% das escolas pagam apenas o piso'', disse o diretor do sindicato dos professores, Mário Medeiros.
Santiago disse ainda que a convenção dos professores ``já contempla'' uma série de reivindicações da categoria, como a do programa de capacitação.
``Se todas as escolas cumprem, eu não sei'', reconheceu.
``Dá para contar nos dedos as que cumprem'', diz o representante dos professores, Medeiros.
Santiago diz que existem escolas em que o professor não tem mesa e cadeira, mas que são minoria.

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