|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Professores estão insatisfeitos em PE
VANDECK SANTIAGO
da Agência Folha, em Recife
Uma pesquisa feita em Recife
(PE) com professores da rede particular constatou que 88% deles
queixam-se de algum problema de
saúde relacionado à profissão.
As duas principais queixas apontadas por eles são dor de garganta e
fadiga mental. Logo a seguir vêm
dor nas pernas, coriza e tosse.
A pesquisa foi feita em janeiro e
fevereiro passados, pelo Ipespe
(Instituto de Pesquisas Sociais de
Pernambuco) e Sindicato dos Professores da Rede Particular.
Foram entrevistados 260 professores. A categoria tem, na cidade,
cerca de 17 mil profissionais. Um
dos objetivos do levantamento foi
traçar um perfil do professor e da
situação em que ele vive, ``saindo
dos limites salariais'', disse o diretor do sindicato, Mário Medeiros.
Condições de trabalho
Sobre as condições de trabalho,
os entrevistados reclamaram do
trabalho em pé (80%), da falta de
programas de capacitação (69%) e
da poeira de pó de giz (68%).
Segundo Santos, a maioria das
escolas não tem mesa nem cadeira
para o professor. ``A explicação
dos donos de escolas é que esses
móveis atrapalhariam a desenvoltura dos professores no momento
de dar a aula'', disse Medeiros.
Se os professores quiserem fazer
curso de aprimoramento, segundo
o sindicato, não são liberados das
aulas e o custo fica por conta deles.
O piso salarial de uma professora
primária na rede privada é de R$
174,30, e a hora-aula no primeiro
grau maior e segundo grau é de R$
2,21, segundo o sindicato. Na rede
pública estadual, segundo a Secretaria da Educação, o menor salário
para professor primário é de R$
139,50. Para primeiro grau maior e
segundo grau, os salários oscilam
de R$ 204,00 a R$ 362,00 dependendo da faixa salarial e das horas-aulas, informou a secretaria.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|