São Paulo, quinta, 1 de maio de 1997.

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LIMPEZA
3.600 lixeiros e garis da cidade de São Paulo pararam ontem em protesto contra uma possível demissão em massa
Lixeiros fazem greve contra demissão

da Reportagem Local

Cerca de 30% dos lixeiros e garis da cidade de São Paulo paralisaram as atividades ontem em protesto contra uma possível demissão em massa da categoria pela prefeitura.
O número de grevistas -por volta de 3.600 pessoas- foi calculado pelo Siemaco (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de São Paulo).
A paralisação parcial da categoria foi uma resposta à indecisão da prefeitura, que ainda não renovou os contratos (que venceram no dia 30 de março) com as quatro empresas que hoje fazem a coleta e varrição na cidade.
Por sua vez, as empresas querem reajuste nos contratos. Por causa da paralisação parcial, muitas regiões deixaram de ter o lixo recolhido das ruas (leia texto ao lado).
Anteontem, os trabalhadores haviam combinado esperar a reunião de negociação -para prorrogação ou aditamento dos contratos- entre os empresários e o prefeito Celso Pitta (marcada para a próxima terça-feira) para decidir sobre a paralisação da categoria.
Eles receberam ofício do Selur (sindicato das empresas) garantindo que não haveria demissões.
Ontem pela manhã, no entanto, centenas de trabalhadores optaram por não sair com os caminhões das garagens. Houve até manifestação na porta da garagem da unidade Norte da Vega-Sopave.
``Muitos trabalhadores não aceitaram o ofício como garantia e pararam as atividades'', disse o presidente do Siemaco, José Moacyr Pereira. Segundo ele, as empresas mais afetadas foram a Vega-Sopave e a Enterpa.
``Acho que não vai haver negociação. A prefeitura não acenou com propostas'', disse Pereira.
Até o fechamento desta edição, a Prefeitura de São Paulo não havia se manifestado.

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