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Secretário de Pitta ataca Paulo Maluf
da Reportagem Local
O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Emprego, Fernando Salgado, afirmou
ontem que Paulo Maluf vai ter de
pedir desculpas ao "capeta" pelos
erros administrativos cometidos
na administração passada.
A afirmação foi uma resposta às
declarações dadas por Maluf. O ex-prefeito chamou Pitta de traidor e
pediu desculpas à população por
tê-lo recomendado na eleição municipal de 1996.
"Eu digo que quem deve pedir
desculpas ao capeta, a quem ele vai
ter de prestar contas pelos erros
administrativos que cometeu, é ele
(Maluf)", disse o secretário.
O discurso foi feito ontem durante sanção da lei que cria frentes
de trabalho. Serão 10 mil empregos
temporários, com duração de até
120 dias.
O presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, elogiou Pitta pelo lançamento da medida e
também criticou Maluf durante o
evento. "Muitos achavam que você
(Pitta) estava fazendo demagogia,
como seu antecessor fazia. Mas finalmente apareceu um prefeito
com coragem para fazer esse projeto", disse Silva.
O esforço de reforçar os investimentos nos programas sociais faz
parte da estratégia da prefeitura
para recuperar a imagem.
O programa lançado ontem
atenderá prioritariamente trabalhadores desempregados há mais
de um ano, com filhos e no máximo ensino fundamental completo.
Além de um salário mínimo, os
trabalhadores ganharão uma cesta
básica por mês, vale-transporte e
receberão cursos profissionalizantes. Eles vão atuar basicamente em
serviços de conservação.
A prefeitura vai cadastrar os interessados nos dias 8 e 9 deste mês,
no Centro de Solidariedade da
Força Sindical.
O programa será financiado com
verba remanejada de outros setores, totalizando R$ 15 milhões. A
continuidade do programa dependerá da participação do governo
federal ou de outras formas de financiamento, segundo o prefeito.
Dentro de duas semanas, Pitta
também deverá anunciar o lançamento do Programa Renda Mínima, que prevê o pagamento de
uma renda complementar para famílias carentes que ganham abaixo de três salários mínimos. Ele vai
atender famílias que moram na cidade há pelo quatro anos, com filhos de até 14 anos matriculados
em escolas públicas ou creches.
Procurados pela reportagem, os
assessores de Maluf não foram localizados.
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