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Debate alertou sobre risco à saúde
DA REPORTAGEM LOCAL
Falta preparo aos ginecologistas
para atender as mulheres homossexuais. Por isso elas fazem menos visitas ao profissional e exames preventivos e correm mais
risco de ter alguns tipos de doenças, como o câncer de mama.
Este foi um dos temas do evento
"Homossexualidade Feminina",
realizado no auditório da Folha
no último dia 29.
"Os ginecologistas não são sensíveis à diversidade sexual. Parte-se do princípio de que toda mulher é heterossexual", afirmou
Wilza Villela, assistente de direção do Instituto de Saúde da Mulher da Secretaria de Estado da
Saúde.
O fato de os médicos não serem
sensíveis não deve inviabilizar a
visita, disse Wilza. As mulheres
que fazem sexo com mulheres devem deixar clara sua orientação
sexual e cobrar a assistência adequada. De acordo com Wilza, para prevenção de problemas ginecológicos, todos os acessórios
eróticos devem ser utilizados com
a proteção de camisinha.
Wilza destacou ainda que o câncer de mama é mais comum entre
as mulheres homossexuais porque muitas não amamentam -a
amamentação é um dos fatores de
proteção contra o câncer.
Relacionamentos
Wilza também falou da necessidade de fuga dos estereótipos nas
relações amorosas. "Não existem
padrões para o desejo, não há modelos. É importante que a mulher
se permita", afirmou a psicóloga
Célia Morais Pabst.
A jornalista Márcia Y. Guelpa,
homossexual de origem cigana e
muçulmana, falou de sua experiência. "Allah [designação de
Deus entre os muçulmanos" nos
fez assim e somos aceitas."
Segundo ela, sua tribo cigana
hoje aceita sua orientação sexual.
Valéria Albuquerque, comerciante de produtos eróticos, explicou que 80% do público-alvo desse mercado é feminino. "Existem
2.000 itens, alguns deles baseados
em pesquisas da Nasa (agência espacial americana)."
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