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Nova regra para capacetes começa hoje
Resolução do Contran exige faixas refletivas e selo do Inmetro; norma vale para modelos fabricados a partir de agosto
Multa é de R$ 127,69; medida chegou a entrar em vigor em 1º de janeiro, mas foi suspensa e adiada após protestos de motociclistas
RICARDO SANGIOVANNI
DA REPORTAGEM LOCAL
Começa hoje a fiscalização
do uso de adesivos refletivos e
do selo holográfico do Inmetro
em capacetes fabricados a partir de agosto de 2007. A multa
para motociclistas flagrados
com o item irregular será de R$
127,69, mais cinco pontos na
carteira de habilitação por infração grave e retenção da moto
até a regularização do capacete.
Na prática, porém, a norma
tende a ter pouco efeito prático,
já que a data de fabricação dos
capacetes é identificada por
meio de etiquetas na parte interna do equipamento, que podem ser facilmente removidas
as pelos motoqueiro, se apagar
ou se desprender com o tempo.
Uma primeira versão da norma, que valia para todos os capacetes segundo a resolução
203 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), chegou a
entrar em vigor em 1º de janeiro. Mas foi suspensa e adiada 45
dias depois, após seguidos protestos de entidades de motoboys em São Paulo e o reconhecimento, pelo próprio Inmetro,
de que o selo holográfico
-obrigatório apenas desde
2007- não resistia a intempéries como chuva e vento.
Segundo o Inmetro, os capacetes fabricados desde agosto
de 2007 passaram a receber selos com tecnologia mais resistente à exposição ao tempo.
Corrida
Enquanto esteve em vigor no
início do ano, a medida provocou corrida dos motoqueiros
para comprar o kit de adesivos
refletivos, entre R$ 4 e R$ 10.
Houve quem recorresse a falsificações do selo do Inmetro em
camelôs, na esperança de burlar a fiscalização.
Também não foram raros os
casos de motoqueiros cujo capacete já perdera o selo -rasgado ou caído durante a chuva- que chegaram a investir
entre R$ 80 e R$ 250 em um
novo capacete.
Com a restrição da exigência,
as multas que já haviam sido
aplicadas foram canceladas.
Mas quem chegou a receber a
multa teve que entrar normalmente com recurso nos órgãos
de trânsito para ser ressarcido.
Um dos motivos para a demora para alterar a regra foi a
preocupação do governo federal em evitar desgaste político.
A decisão foi avaliada pelos ministros Marcio Fortes (Cidades) e Carlos Luppi (Trabalho),
não só pelo presidente do Contran, Alfredo Peres da Silva.
O recuo do governo foi considerado "uma vitória" por entidades de motociclistas e de motoboys, que compararam as
idas e vindas da resolução à
obrigatoriedade do kit de primeiros socorros exigido nos
anos 90, suspenso após enxurrada de contestações sobre sua
utilidade.
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