São Paulo, segunda-feira, 01 de julho de 2002

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Polícia suspeita de funcionários de teles

DA SUCURSAL DO RIO

O delegado de Santa Cruz do Capibaribe, Sílvio Romero Rodrigues, diz suspeitar do envolvimento de funcionários das companhias telefônicas nas fraudes do "siga-me". Até agora, foram registrados 25 casos só naquele município pernambucano.
Para o delegado, os golpistas que agiram na cidade demonstraram facilidade de ação e conhecimento sobre procedimentos internos da Telemar, que presta o serviço de telefonia fixa em Pernambuco e em outros 15 Estados, incluindo o Rio de Janeiro. A empresa prometeu enviar técnicos para auxiliá-lo na investigação.
O próprio delegado foi alvo de uma tentativa de golpe. Ele contou que tentaram fraudar seu telefone na delegacia e que o golpista -que também se fazia passar por funcionário da Telemar- ligou a cobrar, de um celular pré-pago.

Escritório suspeito
Em Planaltina (DF), onde 30 casos já foram denunciados à polícia, o delegado Gilberto Alves Ribeiro também investiga a hipótese de envolvimento de funcionários da companhia telefônica local, a Brasil Telecom.
Um morador de Planaltina, que não caiu no golpe, tinha identificador de chamadas (bina) em seu aparelho e rastreou o número que fazia a ligação. Vinha de um escritório no Setor Comercial Sul de Brasília, que está sendo investigado pela polícia.
O serviço de telemarketing da Telemar informa que uma pessoa pode solicitar o "siga-me" em nome de outra no mesmo Estado, desde que saiba o nome completo, número do telefone e o CPF dela. Como os dados constam da conta telefônica, há várias possibilidades de acesso à informação.
A Brasil Telecom mudou seu procedimento de habilitação do "siga-me" em razão das fraudes. A empresa, desde que foram denunciados os casos de golpe, só admite pedido de habilitação feito a partir do telefone residencial do assinante do serviço de telefonia.
Em todos os casos identificados até agora, as ligações interurbanas para celulares no Rio de Janeiro foram completadas com o código de seleção da Embratel. Ao constatar a fraude, a empresa não cobrou as ligações das vítimas, mas diz que vai repassar o prejuízo para as operadoras locais que oferecem o serviço "siga-me".


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