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Polícia suspeita de funcionários de teles
DA SUCURSAL DO RIO
O delegado de Santa Cruz do
Capibaribe, Sílvio Romero Rodrigues, diz suspeitar do envolvimento de funcionários das companhias telefônicas nas fraudes do
"siga-me". Até agora, foram registrados 25 casos só naquele município pernambucano.
Para o delegado, os golpistas
que agiram na cidade demonstraram facilidade de ação e conhecimento sobre procedimentos internos da Telemar, que presta o
serviço de telefonia fixa em Pernambuco e em outros 15 Estados,
incluindo o Rio de Janeiro. A empresa prometeu enviar técnicos
para auxiliá-lo na investigação.
O próprio delegado foi alvo de
uma tentativa de golpe. Ele contou que tentaram fraudar seu telefone na delegacia e que o golpista
-que também se fazia passar por
funcionário da Telemar- ligou a
cobrar, de um celular pré-pago.
Escritório suspeito
Em Planaltina (DF), onde 30 casos já foram denunciados à polícia, o delegado Gilberto Alves Ribeiro também investiga a hipótese de envolvimento de funcionários da companhia telefônica local, a Brasil Telecom.
Um morador de Planaltina, que
não caiu no golpe, tinha identificador de chamadas (bina) em seu
aparelho e rastreou o número que
fazia a ligação. Vinha de um escritório no Setor Comercial Sul de
Brasília, que está sendo investigado pela polícia.
O serviço de telemarketing da
Telemar informa que uma pessoa
pode solicitar o "siga-me" em nome de outra no mesmo Estado,
desde que saiba o nome completo, número do telefone e o CPF
dela. Como os dados constam da
conta telefônica, há várias possibilidades de acesso à informação.
A Brasil Telecom mudou seu
procedimento de habilitação do
"siga-me" em razão das fraudes.
A empresa, desde que foram denunciados os casos de golpe, só
admite pedido de habilitação feito
a partir do telefone residencial do
assinante do serviço de telefonia.
Em todos os casos identificados
até agora, as ligações interurbanas
para celulares no Rio de Janeiro
foram completadas com o código
de seleção da Embratel. Ao constatar a fraude, a empresa não cobrou as ligações das vítimas, mas
diz que vai repassar o prejuízo para as operadoras locais que oferecem o serviço "siga-me".
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