São Paulo, quinta-feira, 01 de julho de 2004

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FUNCIONALISMO

Greve geral foi marcada para 15 de agosto; as negociações com o governo do Estado começam hoje

Servidores fazem protesto em 16 cidades

DA REPORTAGEM LOCAL

Os servidores públicos estaduais de São Paulo protestaram ontem na capital e em 15 cidades do interior do Estado para pedir reajuste salarial. A rodovia Anhangüera foi fechada por 15 minutos no sentido interior-capital e a rodovia Raposo Tavares teve congestionamento. Na capital paulista, o protesto ocorreu na praça da Sé, região central.
Algumas categorias chegaram a parar ontem e as lideranças prometem começar uma greve geral no dia 15 de agosto caso as propostas feitas pelo governo do Estado não sejam satisfatórias.
As negociações entre as entidades sindicais e o governo estadual começam hoje. Apesar de os servidores terem unificado a campanha por reajuste salarial, cada categoria irá negociar com a secretaria responsável por sua área.
O presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo, Lineu Neves Mazano, disse que a assembléia que definirá a greve será realizada na última semana de julho.
Segundo Mazano, cerca de 40% dos servidores estaduais aderiram à paralisação de ontem em todo o Estado. Segundo ele, participaram do ato 34 entidades que representam diversos setores do funcionalismo estadual.
A maior adesão (95%, segundo os sindicalistas) foi entre os funcionários da área de transportes, como os do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER). O governo do Estado, porém, afirma que só os servidores da educação pararam, afetando 103 escolas -uma na Grande São Paulo e 102 no interior.
Em São Paulo, os servidores se reuniram na praça da Sé. Segundo os organizadores, havia cerca de 800 manifestantes. Para a Polícia Militar, 500. De lá, eles seguiram em passeata até o prédio da Secretaria de Estado da Fazenda.
Em Presidente Prudente (565 km de SP), a manifestação dos cerca de 400 servidores foi às margens da rodovia Raposo Tavares (SP-270), onde fizeram uma panfletagem com críticas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O protesto provocou lentidão na rodovia, o que resultou em congestionamentos de um quilômetro nos dois sentidos da pista.
Em Campinas (95 km de SP), cerca de cem funcionários da Secretaria de Estado dos Transportes fecharam a rodovia Anhangüera por 15 minutos entre o km 92 e o km 99. A interrupção do trânsito provocou lentidão de um quilômetro na Anhangüera.
Os servidores querem reposição salarial de 43,03% a 73%; definição da data-base em 1º de maio; aumento do piso salarial; extensão e incorporação das gratificações, prêmios e bônus aos ativos e aposentados, entre outros itens. O governo disse que irá fazer os reajustes dentro dos limites da lei de responsabilidade fiscal.


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