|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Falam que não
tem, aí não tem
jeito", diz usuária
DA REPORTAGEM LOCAL
"Não tem, ainda não chegou." É essa a resposta a
muitos dos que procuram
remédios nos postos de saúde da prefeitura paulistana.
A aposentada Raimunda
Rosa Ferreira, 61, mostra a
receita e explica: um dos remédios para o estômago ainda não chegou, e o outro, ela
decidiu comprar, por R$
15,60. "Tirei da aposentadoria", afirmou, na frente de
posto no Itaim Paulista, zona leste de São Paulo.
Maria de Fátima Sales, 45,
dona-de-casa, relata que,
"mês sim, mês não", não há
remédio contra o colesterol
para a mãe, de 78 anos, também portadora de Alzheimer. "Eles falam que não
tem, aí não tem jeito."
O aposentado José Severino da Silva, 57, procurava os
remédios Berotec e Aerolin,
no mesmo posto, para as
duas filhas, que sofrem de
asma. "Desse jeito não vai. A
Marta era ruim. O Serra
também é. Todo mês é a
mesma coisa."
A Secretaria Municipal da
Saúde afirma que não tem
uma avaliação da demanda
dos postos.
(FL)
Texto Anterior: Secretária admite demora de até 2 meses Próximo Texto: Aids: Laboratório que detém patente de remédio quer acordo sobre preços Índice
|