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Secretária admite demora de até 2 meses
DA REPORTAGEM LOCAL
De acordo com a secretária municipal da Saúde, Maria Cristina
Cury, chega a dois meses a demora para um remédio ser enviado
do almoxarifado central a um dos
392 postos de saúde da cidade
quando ele não está disponível no
estoque central.
Mesmo assim, acredita Cury, os
diretores de postos estariam reclamando menos sobre a falta de
remédios. "O problema é a demanda, o tamanho da demanda.
A gente não tem isso ainda."
A secretaria, informou Cury,
quer manter estoques de retaguarda de medicamentos de 15
dias, pelo menos.
Segundo o secretário-adjunto
da pasta, Ailton de Lima Ribeiro,
uma das medidas em estudo é fazer com que os fabricantes entreguem os remédios diretamente
nos postos de saúde.
Ribeiro cuidava da área de administração de medicamentos
durante a passagem do hoje prefeito José Serra (PSDB) pelo Ministério da Saúde. Ele cita uma série de variáveis das quais depende
o correto abastecimento dos postos de saúde.
"É o posto que precisa pedir o
medicamento no tempo certo e
na quantidade certa. É o processo
dessa informação chegar na central de medicamentos. A central
tem de ter capacidade de responder rapidamente. As nossas estruturas internas têm de ter capacidade de compra ágil. E o prazo de
compra do fornecedor. Claro, nós
exigimos, mas nem todos cumprem. Temos de começar a agir
em todas essas variáveis. Enquanto não tivermos essas variáveis estabilizadas, teremos dificuldades", disse Ribeiro. "Nós já identificamos essas variáveis. O que estamos pensando agora é como
atacar cada uma delas", completa.
Projetos para melhorar o abastecimento de remédios não andaram. A informatização dos postos, prometida ainda na administração Marta Suplicy (PT), só deve terminar no fim do ano. Os
Correios, chamados a participar
da logística de entregas nos postos
também na gestão Marta, só começaram a trabalhar há cerca de
um mês. E a entrega de remédios
em casa pela mesma empresa estaria atrasada.
(FL)
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