São Paulo, sexta-feira, 01 de julho de 2005

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Secretária admite demora de até 2 meses

DA REPORTAGEM LOCAL

De acordo com a secretária municipal da Saúde, Maria Cristina Cury, chega a dois meses a demora para um remédio ser enviado do almoxarifado central a um dos 392 postos de saúde da cidade quando ele não está disponível no estoque central.
Mesmo assim, acredita Cury, os diretores de postos estariam reclamando menos sobre a falta de remédios. "O problema é a demanda, o tamanho da demanda. A gente não tem isso ainda."
A secretaria, informou Cury, quer manter estoques de retaguarda de medicamentos de 15 dias, pelo menos.
Segundo o secretário-adjunto da pasta, Ailton de Lima Ribeiro, uma das medidas em estudo é fazer com que os fabricantes entreguem os remédios diretamente nos postos de saúde.
Ribeiro cuidava da área de administração de medicamentos durante a passagem do hoje prefeito José Serra (PSDB) pelo Ministério da Saúde. Ele cita uma série de variáveis das quais depende o correto abastecimento dos postos de saúde.
"É o posto que precisa pedir o medicamento no tempo certo e na quantidade certa. É o processo dessa informação chegar na central de medicamentos. A central tem de ter capacidade de responder rapidamente. As nossas estruturas internas têm de ter capacidade de compra ágil. E o prazo de compra do fornecedor. Claro, nós exigimos, mas nem todos cumprem. Temos de começar a agir em todas essas variáveis. Enquanto não tivermos essas variáveis estabilizadas, teremos dificuldades", disse Ribeiro. "Nós já identificamos essas variáveis. O que estamos pensando agora é como atacar cada uma delas", completa.
Projetos para melhorar o abastecimento de remédios não andaram. A informatização dos postos, prometida ainda na administração Marta Suplicy (PT), só deve terminar no fim do ano. Os Correios, chamados a participar da logística de entregas nos postos também na gestão Marta, só começaram a trabalhar há cerca de um mês. E a entrega de remédios em casa pela mesma empresa estaria atrasada. (FL)


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