São Paulo, quinta-feira, 01 de agosto de 2002 |
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EDUCAÇÃO Pesquisa do MEC para avaliar o lanche escolar mostra que em 15% dos colégios não houve merenda em pelo menos um dia de 2001 Alunos preferem fruta e risoto na merenda
ANTÔNIO GOIS DA SUCURSAL DO RIO No país do arroz com feijão, o risoto e as frutas superaram, na preferência dos alunos, a tradicional dupla do cardápio brasileiro na merenda servida pelas escolas públicas de todo o Brasil. É o que mostra uma pesquisa encomendada pelo MEC ao instituto Vox Populi e à consultoria Booz Allen. As frutas, com 91% de aceitação nas zonas urbanas, e o risoto, com 89,5%, desbancaram o feijão com arroz (88,2%), o macarrão (84,7%) e as sopas ou canjas (79,1%). O mingau (75,8%) e a polenta ou angu (68,5%) foram os itens com menor porcentagem de aceitação. Apesar da boa aceitação das frutas, esse é o item menos comum nos cardápios das escolas urbanas e rurais. O prato mais servido, segundo os estudantes ouvidos pela pesquisa, é o macarrão e as sopas ou canjas. O MEC selecionou 11 itens. Nove deles são os pratos mais comuns nas escolas. Os outros (verdura ou legumes e frutas) foram incluídos no questionário para saber se teriam boa aceitação entre os estudantes, caso as escolas servissem mais esses alimentos. "A pesquisa mostrou que os alunos aceitariam muito bem a inclusão de frutas, verduras e legumes no cardápio, alimentos que, além de não serem gordurosos, são mais saudáveis do que outros mais comuns nas merendas", diz Maria Antônia Galeazzi, coordenadora do Sistema de Monitoramento e Acompanhamento do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Apesar de o risoto ter ganho do arroz e feijão na preferência dos estudantes, Maria Antônia destaca que esse item não deve ser diminuído no cardápio. "A diferença de aceitação foi muito pequena entre os dois itens. O feijão e o arroz formam uma dupla importante do ponto de vista nutricional", afirmou. A principal queixa dos alunos em relação ao preparo da merenda é o excesso de óleo. Quase um quarto (23,7%) dos estudantes nas escolas urbanas e 16,8% nas rurais disseram achar ruim a quantidade de óleo na comida. A pesquisa avaliou também se os recursos e alimentos estavam sendo repassados para as escolas devidamente, concluindo que em 15% das escolas, em 2001, os alunos ficaram pelo menos um dia sem merenda. O problema é mais frequente na zona rural. A partir desses resultados, o ministério está fazendo outra pesquisa, que deve ficar pronta em novembro, com o objetivo de levantar o preço médio da merenda e sugerir medidas para diminuir o custo e melhorar o cardápio. Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Cantinas não querem ser "vilãs" Índice |
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