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Em outros três acidentes, pista amenizou danos
DA REPORTAGEM LOCAL
Pistas em boas condições e
com áreas de escape minimizaram os danos em outros três
acidentes com Airbus-A320
que tinham um dos reversores
inativo e cujas investigações
apontaram para falhas na operação das alavancas que acionam as turbinas e reversores.
Em Bacolod (Filipinas), em
1998, Phoenix (Estados Unidos), em 2002, e Taipei (Taiwan), em 2004, nenhum passageiro ou tripulante se feriu.
Apenas no acidente das Filipinas houve vítimas: três pessoas
morreram em terra, atropeladas pelo avião.
No acidente de Taipei, de
acordo com relatório da Flight
Safety Foundation -uma entidade internacional de segurança de vôo-, o piloto colocou o
manete que comandaria o reversor inoperante na posição
"idle" (ponto morto).
Nas Filipinas, o piloto teria
deixado o manete na posição de
aceleração da turbina. Com isso, o freio aerodinâmico -os
"spoilers" que ficam sobre as
asas- não teriam sido acionados e a aeronave continuou aumentando a velocidade.
No caso de Phoenix, o piloto
teria operado corretamente,
mas, após o pouso, retornou o
manete do reverso inoperante
para a posição de aceleração.
Para o especialista britânico
Peter B. Ladkin, o manual da
Airbus não é claro na orientação dos pilotos sobre o sistema
de freios -o reversor auxilia a
frenagem da aeronave.
Professor da Faculdade de
Tecnologia da Universidade de
Bielefeld, na Alemanha, Ladkin
estuda, há 14 anos, acidentes
específicos do Airbus-A320.
Para o especialista, nem sempre há defeitos mecânicos, mas
sim a orientação inadequada
aos pilotos ou uma interpretação confusa do manual.
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