São Paulo, quarta-feira, 01 de agosto de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Em outros três acidentes, pista amenizou danos

DA REPORTAGEM LOCAL

Pistas em boas condições e com áreas de escape minimizaram os danos em outros três acidentes com Airbus-A320 que tinham um dos reversores inativo e cujas investigações apontaram para falhas na operação das alavancas que acionam as turbinas e reversores.
Em Bacolod (Filipinas), em 1998, Phoenix (Estados Unidos), em 2002, e Taipei (Taiwan), em 2004, nenhum passageiro ou tripulante se feriu. Apenas no acidente das Filipinas houve vítimas: três pessoas morreram em terra, atropeladas pelo avião.
No acidente de Taipei, de acordo com relatório da Flight Safety Foundation -uma entidade internacional de segurança de vôo-, o piloto colocou o manete que comandaria o reversor inoperante na posição "idle" (ponto morto).
Nas Filipinas, o piloto teria deixado o manete na posição de aceleração da turbina. Com isso, o freio aerodinâmico -os "spoilers" que ficam sobre as asas- não teriam sido acionados e a aeronave continuou aumentando a velocidade.
No caso de Phoenix, o piloto teria operado corretamente, mas, após o pouso, retornou o manete do reverso inoperante para a posição de aceleração.
Para o especialista britânico Peter B. Ladkin, o manual da Airbus não é claro na orientação dos pilotos sobre o sistema de freios -o reversor auxilia a frenagem da aeronave.
Professor da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Bielefeld, na Alemanha, Ladkin estuda, há 14 anos, acidentes específicos do Airbus-A320.
Para o especialista, nem sempre há defeitos mecânicos, mas sim a orientação inadequada aos pilotos ou uma interpretação confusa do manual.


Texto Anterior: Tragédia em Congonhas/Investigação: Novo sistema da Airbus alerta piloto sobre falha
Próximo Texto: Tragédia em Congonhas: Pilotos dizem que Gol proibiu pousar sem reverso sob chuva
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.