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EXECUTIVO
Orçamento para 2000, ano de eleição, prevê empréstimos para bancar 78% dos investimentos
Pitta quer aumentar dívida para investir
CHICO DE GOIS
da Reportagem Local
O prefeito Celso Pitta (PTN) espera contar com o fim do subsídio
ao transporte para investir nos
chamados projetos sociais. Atualmente, o subsídio à tarifa representa uma despesa anual de cerca
de R$ 250 milhões.
Dos investimentos previstos para o próximo ano, segundo Orçamento que deveria ser enviado
ontem à Câmara, só R$ 235 milhões (22,4%) devem sair de receitas próprias. Outros R$ 815 milhões (77,6%) a prefeitura espera
obter como empréstimos, que
vão aumentar a dívida do município. Em ano de eleição de prefeito,
essa verba será destinada a programas como Fura-fila, Cingapura e corredores de ônibus.
De acordo com o secretário das
Finanças, Deniz Ferreira Ribeiro,
a Secretaria da Saúde ganhará um
reforço em seu orçamento. Está
previsto um investimento de
aproximadamente 15%. Em comparação com a dotação deste ano,
cuja previsão para a pasta é de R$
976 milhões, esses 15% representariam um aumento de mais R$
146 milhões no orçamento da
pasta para o ano que vem.
Na Saúde, Ribeiro afirmou que
a extinção do PAS (Plano de
Atendimento à Saúde) e a criação
do Sims (Sistema Municipal de
Saúde) vai implicar menos gastos.
Segundo Ribeiro, a secretaria deve investir em reforma de hospitais e aquisição de equipamentos.
O secretário não detalhou todos
os números das secretarias. Disse
apenas que o orçamento total é de
R$ 7,674 bilhões. Ele também afirmou que não está previsto aumento no IPTU (Imposto Predial
e Territorial Urbano).
A prefeitura também reservou
R$ 70 milhões para a implementação do programa de renda mínima, que contempla com até um
salário mínimo as famílias que
deixarem seus filhos nas escolas.
Ribeiro disse que o prefeito não
deve realizar nenhuma grande
obra no próximo ano. Ele elegeu o
Fura-fila como a obra que mais
consumirá recursos da prefeitura.
A previsão é de que sejam destinados R$ 175,8 milhões para esse
projeto. O dinheiro deve vir de financiamento do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e também de
recursos próprios.
Para que consiga obter recursos
de outras entidades, a prefeitura
ainda necessita assinar a renegociação da dívida mobiliária, estimada em aproximadamente R$ 9
bilhões. Ribeiro considera como
certa a renegociação.
O secretário das Finanças disse
que o orçamento sofreu mudanças por causa da disposição do
prefeito em investir em obras.
"Com a saída do ex-secretário das
Finanças, encerrou-se um momento político e iniciou-se outro,
com a retomada do diálogo com
os demais secretários", declarou.
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