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Remédio ainda era vendido em farmácias ontem em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
DO AGORA
A reportagem da Folha visitou
ontem seis filiais de farmácias das
maiores redes de São Paulo, na
avenida Angélica (zona oeste),
para checar se o medicamento
Vioxx estava sendo vendido após
anúncio da retirada do produto
do mercado mundial.
Em filiais da Droga Raia, Drogasil e Pague Menos, o remédio não
estava sendo comercializado. Na
Drogasil, as caixas do medicamento foram recolhidas quando a
reportagem chegou.
Na Farmax, Drogaria Onofre e
Drogaria São Paulo, os atendentes
ainda não tinham sido avisados
pela administração das redes de
que a comercialização do remédio
havia sido proibida.
A decisão do fabricante pegou
muita gente de surpresa. Sérgio
Ricardo Rodrigues, 27, não sabia
do caso até ser procurado pela reportagem. "É mesmo? Tomava
direto quando minha boca estava
travada. Funcionava sempre, foi
meu ortopedista que receitou."
Como Sérgio, mais de 84 milhões
de pessoas em todo o mundo tiveram o remédio receitado até o final do ano passado.
Para alguns, nem é preciso receita. A auxiliar de enfermagem
Maria de Fátima dos Santos, 50,
usava o remédio toda vez que sentia dores nas costas, mesmo sem
prescrição. Seu marido, a filha e o
cunhado também fazem uso freqüente do medicamento.
Maria disse ter ficado chocada
ao saber da suspensão, mas não
chegou a se preocupar, já que, segundo a Merck, só há riscos para
pessoas com mais de um ano e
meio de uso contínuo do remédio. Ela usa o produto há um ano.
A dona-de-casa Carmen Guerra
Gomes, 69, de Santos (SP), tomou
Vioxx algumas vezes e diz ter se
sentido mal. "Fiquei tonta, enjoada. Joguei a caixa inteira fora."
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