São Paulo, domingo, 01 de outubro de 2006

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Jovens pedem mais atenção do próximo presidente do Brasil, seja ele quem for

DA SUCURSAL DO RIO

Reunidos pela Folha na sede da ONG Casa da Cultura, em São João de Meriti (Baixada Fluminense), os jovens Bruno, Daniele, Júnior e Taiane representavam, cada um deles, uma parcela da juventude brasileira. Todos esperam que o próximo presidente, seja ele quem for, dê mais atenção aos jovens.
Taiane dos Santos, 17, faz parte do contingente de 21,4% de jovens das principais regiões metropolitanas brasileiras que não estudam nem trabalham. Ela parou de estudar na quarta série do ensino fundamental porque se mudou no meio do ano de Minas para o Rio e não achou vaga. Apesar de não estar no mercado de trabalho, sua função é fundamental em sua família: cuidar dos sete irmãos enquanto a mãe trabalha.
Bruno Henrique Rego, 24, está no extremo oposto: estuda e trabalha ao mesmo tempo, assim como 14,5% dos jovens. Ele é professor de música, mas está se formando em biologia.
Daniele Santos, 20, por enquanto só está trabalhando, mesma situação de 34,3% dos jovens. Ela tem planos de voltar a estudar no ano que vem, mas sabe que não conseguirá abandonar o trabalho porque precisa complementar a renda de sua família.
Já Nabor de Oliveira Júnior, 24, no momento apenas estuda, condição igual a de 29,7% dos jovens. Ele, no entanto, quer voltar a trabalhar para ajudar a pagar a faculdade de educação física que deverá iniciar no ano que vem.
O coordenador de juventude e cultura da Casa da Cultura, Marcos Paulo da Silva, diz que, para atender os jovens, é preciso políticas públicas que respeitem sua diversidade e que sejam atraentes. "Não funciona, por exemplo, convocar jovens para uma reunião onde todos ficarão sentados sem ter certeza do objetivo dela", diz.


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