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Jovens pedem mais atenção do próximo presidente do Brasil, seja ele quem for
DA SUCURSAL DO RIO
Reunidos pela Folha na sede
da ONG Casa da Cultura, em
São João de Meriti (Baixada
Fluminense), os jovens Bruno,
Daniele, Júnior e Taiane representavam, cada um deles, uma
parcela da juventude brasileira.
Todos esperam que o próximo
presidente, seja ele quem for,
dê mais atenção aos jovens.
Taiane dos Santos, 17, faz
parte do contingente de 21,4%
de jovens das principais regiões
metropolitanas brasileiras que
não estudam nem trabalham.
Ela parou de estudar na quarta
série do ensino fundamental
porque se mudou no meio do
ano de Minas para o Rio e não
achou vaga. Apesar de não estar no mercado de trabalho,
sua função é fundamental em
sua família: cuidar dos sete irmãos enquanto a mãe trabalha.
Bruno Henrique Rego, 24,
está no extremo oposto: estuda
e trabalha ao mesmo tempo,
assim como 14,5% dos jovens.
Ele é professor de música, mas
está se formando em biologia.
Daniele Santos, 20, por enquanto só está trabalhando,
mesma situação de 34,3% dos
jovens. Ela tem planos de voltar a estudar no ano que vem,
mas sabe que não conseguirá
abandonar o trabalho porque
precisa complementar a renda
de sua família.
Já Nabor de Oliveira Júnior,
24, no momento apenas estuda, condição igual a de 29,7%
dos jovens. Ele, no entanto,
quer voltar a trabalhar para
ajudar a pagar a faculdade de
educação física que deverá iniciar no ano que vem.
O coordenador de juventude
e cultura da Casa da Cultura,
Marcos Paulo da Silva, diz que,
para atender os jovens, é preciso políticas públicas que respeitem sua diversidade e que
sejam atraentes. "Não funciona, por exemplo, convocar jovens para uma reunião onde
todos ficarão sentados sem ter
certeza do objetivo dela", diz.
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