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Grupo rende família de segurança
DO "AGORA"
Um grupo de assaltantes manteve refém a família de um segurança de uma empresa de transporte de valores para obrigá-lo a
roubar um carro-forte.
O alvo da quadrilha foi um carro-forte da empresa Transpev. No
total, foram levados R$ 1.471.500
que seriam entregues em agências
do Banespa e do Unibanco.
Segundo a polícia, D.D., 37, chegou em sua casa, no Jardim Tremembé (zona norte de São Paulo), por volta das 22h de anteontem e já encontrou a mulher, a
empregada doméstica M.S.G., 34,
o sogro, o aposentado M.G., 74, e
o filho, D.J.G., de seis anos, rendidos por três homens encapuzados. O grupo permaneceu na casa
da família até o amanhecer.
No decorrer da madrugada, os
ladrões obrigaram o segurança e
sua mulher a posarem para fotos
instantâneas sob a mira de armas.
Além disso, instruíram D.D. sobre como ele teria de colaborar
com o plano de roubo. Se não colaborasse, a mulher, o filho e o sogro -que, pouco antes do amanhecer, foram levados para um
cativeiro- seriam assassinados.
Como faz diariamente, às 6h30,
D.D. chegou à transportadora, na
avenida Jaguaré, no bairro de
mesmo nome (zona oeste).
Por volta das 7h, o segurança
entrou no carro-forte com três colegas para levar dinheiro às agências bancárias. Pouco depois de o
carro deixar a empresa, ele sacou
seu revólver 38 e rendeu os outros
seguranças, obrigando-os a colocar suas armas no chão.
Mostrando-lhes em seguida
duas das fotos que o grupo havia
tirado dele e de sua mulher, D.D.
explicou aos colegas a sua situação e, seguindo as instruções,
mandou o motorista do carro-forte parar no final da avenida
Torres de Oliveira, bem em frente
à favela do Jaguaré.
O segurança abriu a porta lateral do veículo e mandou que os
colegas ficassem de costas para
ela. Cerca de dois minutos depois,
surgiu uma picape Corsa cinza,
com motorista e três homens na
caçamba. Armados com um fuzil
AR-15, recolheram o dinheiro.
Quando os quatro deixaram o
local, ainda segundo a polícia,
D.D. começou a chorar e ficou
bastante abalado, pois esperava
que o grupo libertasse seus familiares naquele momento.
A mulher, o filho e o sogro, no
entanto, foram libertados pela
quadrilha em São Mateus (zona
leste) por volta das 10h30.
D.D. chegou a ser internado por
conta de uma crise nervosa, mas
foi liberado horas depois.
Como ele estava sob efeito de
sedativos, não foi interrogado ontem pela polícia. Seus familiares
também não prestaram depoimento ainda.
Procurada pela reportagem, a
empresa não quis se pronunciar
sobre o assalto.
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