São Paulo, terça-feira, 01 de novembro de 2005

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25 presos fogem de centro de detenção

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

Vinte e cinco presos fugiram na manhã de ontem do CDP (Centro de Detenção Provisória) do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia (105 km de São Paulo). Todos os fugitivos ocupavam a mesma cela. Eles cavaram um túnel para escapar.
Até o final da tarde, apenas um dos fugitivos havia sido recapturado. Os presos cavaram um túnel de cerca de quatro metros e meio de comprimento por 80 centímetros de diâmetro. Os agentes penitenciários perceberam a fuga às 6h30, mas os detentos teriam iniciado a ação por volta das 5h30.
A saída do túnel ficou a cerca de um metro do lado externo da muralha. Quando os agentes penitenciários perceberam a fuga, todos os presos já tinham escapado.
Essa foi a primeira fuga deste ano nessa unidade prisional. Desde junho de 2000 -quando foi inaugurada-, 26 pessoas haviam escapado do local.
O CDP do complexo Campinas-Hortolândia tem capacidade para 768 presos e até antes da fuga abrigava 1.247.

Rebelião
Após 21 horas de rebelião, um carro da Polícia Civil saiu na manhã de ontem do pátio da Cadeia Pública de Guariba levando os dois carcereiros que estavam como reféns desde as 11h40 de anteontem. Era o fim do motim no qual 20 presos fugiram e três do "seguro" também ficaram sob ameaça. Ninguém se feriu.
Logo após a libertação, dez presos foram transferidos para as cadeias de Monte Alto, Sertãozinho e Pitangueiras. A polícia encontrou outros três detentos escondidos numa laje da cadeia -nenhuma arma foi achada nas celas.
A transferência era a principal reivindicação dos detentos, por causa da superlotação -a cadeia abrigava anteontem 88 pessoas, quase três vezes a sua capacidade (24). Eles também pediam a revisão dos processos.
Dos 20 presos que conseguiram fugir, dez tinham sido recapturados até o final da tarde de ontem.
O diretor do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária), Anivaldo Registro, disse que vai pedir ao governo do Estado a transferência de 220 presos da região para penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória). Das 42 cadeias, 20 estão superlotadas.


Colaborou a Folha Ribeirão


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