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25 presos fogem de centro de detenção
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Vinte e cinco presos fugiram na
manhã de ontem do CDP (Centro
de Detenção Provisória) do Complexo Penitenciário Campinas-Hortolândia (105 km de São Paulo). Todos os fugitivos ocupavam
a mesma cela. Eles cavaram um
túnel para escapar.
Até o final da tarde, apenas um
dos fugitivos havia sido recapturado. Os presos cavaram um túnel
de cerca de quatro metros e meio
de comprimento por 80 centímetros de diâmetro. Os agentes penitenciários perceberam a fuga às
6h30, mas os detentos teriam iniciado a ação por volta das 5h30.
A saída do túnel ficou a cerca de
um metro do lado externo da muralha. Quando os agentes penitenciários perceberam a fuga, todos os presos já tinham escapado.
Essa foi a primeira fuga deste
ano nessa unidade prisional. Desde junho de 2000 -quando foi
inaugurada-, 26 pessoas haviam
escapado do local.
O CDP do complexo Campinas-Hortolândia tem capacidade para
768 presos e até antes da fuga
abrigava 1.247.
Rebelião
Após 21 horas de rebelião, um
carro da Polícia Civil saiu na manhã de ontem do pátio da Cadeia
Pública de Guariba levando os
dois carcereiros que estavam como reféns desde as 11h40 de anteontem. Era o fim do motim no
qual 20 presos fugiram e três do
"seguro" também ficaram sob
ameaça. Ninguém se feriu.
Logo após a libertação, dez presos foram transferidos para as cadeias de Monte Alto, Sertãozinho
e Pitangueiras. A polícia encontrou outros três detentos escondidos numa laje da cadeia -nenhuma arma foi achada nas celas.
A transferência era a principal
reivindicação dos detentos, por
causa da superlotação -a cadeia
abrigava anteontem 88 pessoas,
quase três vezes a sua capacidade
(24). Eles também pediam a revisão dos processos.
Dos 20 presos que conseguiram
fugir, dez tinham sido recapturados até o final da tarde de ontem.
O diretor do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária), Anivaldo Registro, disse que vai pedir
ao governo do Estado a transferência de 220 presos da região para penitenciárias e CDPs (Centros
de Detenção Provisória). Das 42
cadeias, 20 estão superlotadas.
Colaborou a Folha Ribeirão
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