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Escolas ensinam educação matrimonial
MARCELO DIEGO
de Nova York
Como enfrentar o dia-a-dia do
casamento e evitar divórcios virou
matéria escolar nos EUA.
Centenas de escolas em todo o
país estão ministrando aulas de
educação matrimonial, como atividade extracurricular.
Em janeiro, a Flórida passará a
ser o primeiro Estado onde a educação para o casamento fará parte
do programa oficial.
As aulas são ministradas duas
vezes por semana, fora do horário
normal das escolas.
Os professores são assistentes
sociais e conselheiros de famílias.
As aulas são divididas em duas
partes. Uma ensina educação sexual, métodos contraceptivos e finanças domésticas. Outra, discute
o papel do homem e da mulher no
casamento, as obrigações mútuas
e como evitar brigas de casal.
Educação e religião
Por enquanto, estão sendo usados seis livros escritos por educadores para nortear o aprendizado.
Os livros podem ser substituídos, porque deixam de lado alguns valores familiares considerados importantes pelos professores, como a atividade religiosa.
"Os alunos aprendem o que é
um casamento sólido, como ele é
construído e o que fazer para ele
não acabar. Daí, poderão se tornar
melhores chefes de família que
seus pais", diz Amitai Etzioni, um
dos professores do programa.
As aulas estão sendo dadas principalmente em escolas de regiões
que registram altos índices de violência doméstica e dissolução de
casamento.
Em Nova York, colégios como o
Martin Luther King High School
adotam o programa.
"Meus pais se divorciaram
quando eu tinha 2 anos. Estou fazendo o curso porque pretendo
me casar, mas não quero acabar
como eles", afirmou o estudante
Marcus Wright, 18.
As aulas também geraram reação negativa. Alguns pais de alunos querem proibir a matéria por
acreditar que estaria "doutrinando" seus filhos e que não há fórmulas para fazer com que um casamento funcione.
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