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SAÚDE
Câncer de Pele
Cai idade média das vítimas da doença no
Brasil, dizem médicos
JAIRO BOUER
especial para a Folha
O câncer de pele está sendo detectado em pessoas cada vez mais
jovens no Brasil. A cada exposição
inadequada ao sol, a pele acumula
riscos de desenvolver uma lesão
cancerígena.
Segundo o oncodermatologista
José Antônio Sanches Júnior, do
Hospital das Clínicas da USP, as
lesões em jovens estão aparecendo, provavelmente, porque as pessoas estão se expondo ao sol por
mais tempo, de forma errada e cada vez mais precocemente.
Os danos da radiação ultravioleta (emitida pelos raios solares) sobre a pele são cumulativos, ou seja, a quantidade total de sol que a
pessoa toma durante sua vida é
que vai determinar o surgimento
de uma lesão cancerígena.
Assim, crianças que começam a
tomar sol, de forma inadequada,
já no primeiro ano de vida, podem
ter, quando chegam aos 20, um
câncer de pele. Segundo Sanches,
as lesões em jovens são principalmente do tipo basocelular e melanoma (veja quadro nesta página).
O cirurgião Rogério Izar Neves,
chefe do departamento de tumores cutâneos do Hospital do Câncer de São Paulo, também tem notado o surgimento de câncer de
pele em pacientes muito jovens.
Na última semana, Neves retirou
um melanoma de um paciente de
17 anos.
Segundo o cirurgião, tumores
como o basocelular, que são típicos da quinta ou da sexta década
de vida, estão sendo encontrados
em adultos de 25 a 30 anos.
Neves explica que esse é um fenômeno que está sendo verificado
em todo o mundo. Para ele, a geração que chega agora aos 30 anos
tomou sol de forma exagerada na
década de 70, antes que os fotoprotetores começassem a ser usados de forma regular.
Além disso, a diminuição da camada de ozônio faz com que as
pessoas fiquem mais expostas aos
efeitos da radiação solar. Para evitar tais problemas, os médicos recomendam cuidado com o sol.
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