RANIER BRAGON
da Agência Folha, em BH

A maternidade Ernesto Gazzoli, de Belo Horizonte, corre o risco de ter o seu convênio com o SUS (Sistema Único de Saúde) cancelado- o que praticamente causaria o fechamento do hospital-, devido à suspeita de negligência de funcionários em duas mortes ocorridas nos últimos nove dias.
Anteontem, um recém-nascido morreu por asfixia, durante o parto. No dia 22, a comerciante Lêda Pereira dos Santos, 30, morreu em consequência de infecção generalizada, depois dar à luz.
Familiares das duas vítimas acusam o hospital de negligência, o que levou a Secretaria Municipal de Saúde a abrir sindicância para apurar a morte da comerciante. No caso do recém-nascido, a secretaria não sabe ainda se abrirá uma sindicância ou realizará uma auditoria.
A maternidade foi procurada pela reportagem, mas ninguém se pronunciou a respeito dos casos
Se for provada sua culpa, ela perde o convênio com o SUS que representa cerca de 90% de seu faturamento. Nos últimos dois anos, a maternidade passou por três auditorias e uma sindicância para apurar irregularidades e já foi suspensa por 37 dias neste ano.
A Ernesto Gazzoli é considerada uma maternidade de grande porte, pois realiza, em média, 300 partos por mês.



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