São Paulo, quarta-feira, 01 de dezembro de 2010

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CONFRONTO NO RIO

Abandonadas, casas de traficantes são alvo de saque

Imóveis de luxo viram playground para crianças do Alemão

Adultos aproveitam a fuga dos antigos donos para carregar objetos deixados para trás após a ocupação policial

ROGÉRIO PAGNAN
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Crianças molhadas. Essa é senha para descobrir pelas ruas e vielas do Complexo do Alemão onde estão as casas dos chefes do tráfico abandonadas após a ocupação pelas forças de segurança.
Elas aproveitam a ausência dos antigos moradores para mergulhar nas piscinas dos imóveis, luxo antes só permitido aos amigos e parentes dos criminosos.
Alguns adultos aproveitaram a ausência dos donos para carregar objetos deixados para trás na fuga. Praticamente todas as casas ou prédios que pertenciam ao tráfico foram saqueadas.
A moradia de um dos traficantes, que se tornou símbolo da boa vida dos criminosos do Alemão -um tríplex com banheira de hidromassagem com deck em mármore, piscina, várias TVs de LCD e sistema central de ar-condicionado- foi um dos alvos.

CLUBE
Não há informações precisas sobre quem seria seu dono. Vizinhos contam que pertenceria ao traficante Lambari, chefe do Jacarezinho; outros, que seria de Polegar, o "dono" da Mangueira.
Geladeira, fogão de primeira linha e sofá foram levados. Não sobraram nem os bocais das lâmpadas e pias.
Segundo a polícia, todos os grandes chefes do tráfico ligados ao Comando Vermelho mantinham casa no complexo, por ser tratar de um local até então protegido da polícia e de outros criminosos.
Ontem foi localizada uma espécie de clube que, segundo os policiais, pertencia ao traficante Gão. Além de uma grande banheira de hidromassagem, o imóvel tem uma piscina com ladrilhos que formam a letra G.


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