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EDUCAÇÃO
Em 61% dos cursos avaliados, pelo menos 31% dos docentes têm pós-graduação; em 96, percentual era de 30%
Exigências melhoram nível de professor
da Sucursal de Brasília
O número de professores universitários com pós-graduação
cresceu significativamente de 96
-quando foi realizado o primeiro
provão- para este ano.
Em 96, apenas 30,2% dos cursos
avaliados alcançaram nota A e B
na titulação dos professores. Neste
ano, a porcentagem de cursos com
A e B pulou para 61,2%.
Para conseguir nota B na titulação, pelo menos 31% do corpo docente tem de ter mestrado ou doutorado. Para conseguir A, mais de
50% dos professores precisam ser
mestres ou doutores.
Na avaliação de Maria Helena
Guimarães, presidente do Inep, a
melhora na qualificação do corpo
docente é resultado "quase exclusivo" do provão.
As universidades se esforçaram
para melhorar a qualificação dos
professores porque, além de dar
nota para o desempenho do aluno,
o provão também avalia a titulação do corpo docente e o regime
de trabalho (quantas horas semanais eles dedicam ao curso).
"Com o provão, as instituições
estão contratando professores
mais qualificados, com mestrado e
doutorado, porque sabem que se
trata de um quesito indispensável
para melhorar a qualidade do ensino", afirmou Maria Helena.
Para o ministro Paulo Renato
Souza, o aumento no número de
professores com pós-graduação é
uma ótima notícia, mas "ainda há
muito o que melhorar".
Um dos sinais de que a qualificação do corpo docente ainda precisa melhorar é o número de cursos
que ficaram com notas D e E na
titulação dos professores
O curso recebe D quando tem
apenas entre 11% e 20% dos professores com pós-graduação. Só
levam E os cursos em que menos
de 10% dos docentes têm mestrado ou doutorado. Em 96, 36,7%
dos cursos avaliados receberam D
e E na titulação dos professores. A
porcentagem caiu neste ano, mas
ainda é alta: 23%.
As universidades públicas municipais são as que concentram a
maior parte dos cursos com professores sem pós-graduação:
35,1% do total. As universidades
estaduais também ainda têm professores sem mestrado e doutorado em 30,5% dos cursos.
Apesar de terem a maior parte de
professores sem pós-graduação,
as municipais foram as que mais
melhoraram. O percentual de cursos que receberam A e B subiu de
15,2% em 96 para 43,3%.
A titulação dos professores das
instituições privadas também melhorou. Em 96, apenas 24,1% dos
cursos das particulares tinham pelo menos 31% dos professores com
pós-graduação. Neste ano, o percentual subiu para 48,7%.
Nas instituições federais, 72,9%
dos cursos avaliados neste ano receberam notas A e B. Em 96, 50%
dos cursos receberam essas notas.
(DF)
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