São Paulo, terça-feira, 02 de janeiro de 2007

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Virada tem 3 mortes e 5 casos de bala perdida

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

A virada do ano foi marcada pela violência no Rio, com o registro de cinco vítimas de balas perdidas -uma delas morreu- e de dois homens mortos em um ônibus. Três pessoas atingidas por balas perdidas comemoravam o Ano Novo nas praias de Copacabana e Leme (zona sul). O caso mais grave foi o da turista paulista Teresinha Ferreira, 58, alvejada de madrugada na região do tórax. Ela está internada na unidade de pacientes graves do Hospital Souza Aguiar (centro). Seu quadro evolui bem, segundo os médicos, mas não há previsão de alta. Também durante a queima de fogos na praia, o adolescente Vitor Paiva Rodrigues, 13, foi atingido, sem gravidade, por uma bala na coxa. Já Adilson Lima, 45, foi baleado quando estava numa festa num prédio na avenida Atlântica, próximo à rua Sá Ferreira, que dá acesso ao morro do Pavão-Pavãozinho. O projétil perfurou sua perna esquerda, atingiu o escroto e se alojou na perna direita. Ele está internado no hospital Ênio Ferreira, mas passa bem. O taxista Eduardo Pereira Gomez, 27, foi alvejado no pé direito, quando estava na areia da praia, em frente ao hotel Copacabana Palace, no momento em que tinha início o show de fogos de artifício, à meia-noite. Ele foi levado para o hospital Tijutrauma para a retirada do projétil. Na Rocinha, tiros disparados para o alto por supostos traficantes, que comemoravam, ao seu modo, o Ano Novo, causaram a morte de Maria Alcídia de Carvalho Santos, 41. Ela foi atingida por uma bala na nuca, em casa, durante a madrugada. Levada ao Hospital Miguel Couto (Gávea, zona sul), já chegou morta. Já de manhã, às 6h20, dois homens que ameaçavam quebrar, incendiar e roubar o caixa de um ônibus foram mortos por outro passageiro. Na altura da Cidade Nova (centro), próximo à sede da prefeitura, o passageiro sacou a arma, disparou e pouco depois desceu do ônibus. Apenas um dos mortos, de 18 anos, foi identificado. Do segundo, sabe-se apenas o primeiro nome. De acordo com o relato de testemunhas à polícia, os dois faziam tumulto desde que embarcaram na Vila do João, favela do Complexo da Maré (zona norte). Eles gritavam: "O jogo é trocar tiros" e "vamos tocar fogo".

Onda de ataques
No único registro de ataque do crime organizado na noite de Réveillon, um ônibus da viação Pendotiba foi incendiado na estrada Caetano Monteiro, em Niterói, pouco antes da virada do ano. Três criminosos armados mandaram todos descerem e atearam fogo no veículo. Além do motorista e do cobrador, havia seis passageiros no ônibus, que seguia para o ponto final.


Colaborou MÁRIO HUGO MONKEN


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