São Paulo, sexta-feira, 02 de janeiro de 2009

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PASQUALE EXPLICA

O alfabeto volta a ter 26 letras

PASQUALE CIPRO NETO
COLUNISTA DA FOLHA

Até 1943, o nosso alfabeto tinha 26 letras. Três delas ("k", "w" e "y") foram banidas pela reforma que ocorreu naquele ano, mas isso não implicou sua exclusão dos dicionários, já que não se podia, pura e simplesmente, deixar de registrar termos estrangeiros de uso corrente, como "darwinismo" ou "watt". O fato é que os nossos dicionários continuaram trazendo as 26 letras, com o "k" depois do "j", o "w" entre o "v" e o "x", e o "y" entre o "x" e o "z".
Com a reincorporação das três letras, tudo fica como já era, ou seja, os dicionários vão continuar trazendo as três letras e as palavras consagradas pelo uso culto. Nada de achar que se abonarão bizarrices como "kilo", que se vê nas feiras livres e em alguns restaurantes. O símbolo continuará sendo grafado com "k" ("kg"), e a palavra "quilo", com o dígrafo "qu".
Nomes próprios de gosto duvidoso ("Kaio", "Karla", "Kamila" etc.) continuam fora da lei, já que o texto do Acordo Ortográfico só faz referência ao uso das três letrinhas em nomes próprios originários de outras línguas e em siglas, símbolos e nomes de unidades de medida de curso internacional. É isso.


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