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PASQUALE EXPLICA
O alfabeto volta a ter 26 letras
PASQUALE CIPRO NETO
COLUNISTA DA FOLHA
Até 1943, o nosso alfabeto tinha 26 letras. Três delas ("k",
"w" e "y") foram banidas pela
reforma que ocorreu naquele
ano, mas isso não implicou sua
exclusão dos dicionários, já que
não se podia, pura e simplesmente, deixar de registrar termos estrangeiros de uso corrente, como "darwinismo" ou
"watt". O fato é que os nossos
dicionários continuaram trazendo as 26 letras, com o "k"
depois do "j", o "w" entre o "v" e
o "x", e o "y" entre o "x" e o "z".
Com a reincorporação das
três letras, tudo fica como já
era, ou seja, os dicionários vão
continuar trazendo as três letras e as palavras consagradas
pelo uso culto. Nada de achar
que se abonarão bizarrices como "kilo", que se vê nas feiras
livres e em alguns restaurantes.
O símbolo continuará sendo
grafado com "k" ("kg"), e a palavra "quilo", com o dígrafo "qu".
Nomes próprios de gosto duvidoso ("Kaio", "Karla", "Kamila" etc.) continuam fora da lei,
já que o texto do Acordo Ortográfico só faz referência ao uso
das três letrinhas em nomes
próprios originários de outras
línguas e em siglas, símbolos e
nomes de unidades de medida
de curso internacional. É isso.
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