São Paulo, sexta-feira, 02 de fevereiro de 2007

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Queixas contra lixo disparam em janeiro

Foram 3.751 ligações para a prefeitura em janeiro, contra 1.561 em dezembro, com críticas à limpeza pública na cidade

Número é equivalente às reclamações do 1º semestre de 2006; gestão Kassab diz estudar romper os contratos com as empresas de varrição

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

As reclamações sobre limpeza pública dispararam em janeiro em São Paulo.
O serviço de atendimento da prefeitura, pelo telefone 156, recebeu, até o dia 25, 3.751 ligações com reclamações e pedidos de serviço nas áreas de varrição e limpeza das ruas e de coleta de lixo -aumento de 140% em relação a dezembro.
O número é equivalente às reclamações de todo o primeiro semestre do ano passado.
As empresas que cuidam da varrição das ruas começaram a trabalhar em novembro, após vencerem uma concorrência pública aberta pela prefeitura.
Foi exatamente em novembro que o número de reclamações começou a disparar: 1.349 ligações para o 156 contra 542 de outubro. Em dezembro, o total de ligações foi de 1.561.
Essas reclamações derrubaram o secretário de Serviços, Antonio Marsiglia Neto. Em 14 de dezembro, um dia após a Folha apontar o crescimento da insatisfação da população, o prefeito Gilberto Kassab (PFL) trocou Marsiglia pelo deputado federal Dimas Ramalho (PPS).
A prefeitura diz que a situação melhorou desde janeiro, com a troca dos secretários, apesar dos números do serviço de atendimento ao munícipe.
"No centro, quando você sai de casa, até o sapato volta da cor do lixo", disse a dona-de-casa Eurides Oliveira da Silva.
O estudante Thiago Ferreira, morador de Pinheiros, diz que as ruas no bairro têm sido varridas só uma vez por semana.
"Fica sujo quase a semana inteira e os bueiros entopem quando chove", disse Ferreira.
A prefeitura estuda várias alternativas para resolver o problema. Atualmente, a alternativa que mais agrada à cúpula do governo é o rompimento dos contratos com as empresas de varrição das ruas.
As empresas que fazem o serviço são, em sua maioria, pequenas. A prefeitura avalia que elas não têm condições de cumprir o contrato.
Uma decisão já foi tomada: nenhum dos cinco contratos será renovado em outubro. O que se discute agora é, primeiro, se haverá algum rompimento antes desse prazo. E, depois, quem prestará o serviço a partir de novembro. Quanto a isso ainda não há decisão.


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