São Paulo, sábado, 02 de fevereiro de 2008

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Funcionária de tribunal é acusada de roubo

Sílvia Maria Sansavero, 50, e seus dois filhos foram presos sob a suspeita de roubar malas de viagem de um taxista e de seu passageiro

Polícia crê que a família faça parte de uma quadrilha que segue taxistas do aeroporto de Guarulhos para praticar assaltos a passageiros

LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem passagem pela polícia e funcionária do Tribunal de Justiça, Sílvia Maria Sansavero, 50, e seus dois filhos foram presos sob a acusação de roubarem malas de viagem de um taxista e de seu passageiro no bairro da Saúde, na zona sul de SP.
A polícia acredita que a família pertença a um bando especializado em seguir táxis do aeroporto internacional de Guarulhos para praticar roubos.
De acordo com a polícia, o crime aconteceu anteontem, por volta das 23h. O taxista e o passageiro foram rendidos por quatro criminosos, todos jovens e armados com um revólver de calibre 38, quando o táxi estacionou na porta da casa do passageiro, um administrador de empresas, na rua Doutor Nogueira Martins.
A quadrilha roubou oito malas, quatro de mão e quatro de viagem, o aparelho de localização GPS do táxi e os colocaram em um Siena, que era dirigido por Sílvia, funcionária da área cível do Fórum João Mendes.

Suspeita
Policiais militares que patrulhavam a região cruzaram com o veículo e estranharam o fato de a mulher estar acompanhada por quatro jovens suspeitos.
Enquanto perseguiam o Siena, os policiais receberam pelo rádio a informação de que o taxista e o passageiro haviam acabado de ser assaltados. Eles conseguiram então deter o veículo na avenida Rodrigues Montemor, no Jabaquara, e prender Sílvia, seu filho Vítor Hugo Sansavero dos Santos, 19, sua filha de 17, e os suspeitos Leandro Maia de Souza, 20, e Gabriel de Albuquerque Sá, 19. Nenhum deles tinha passagem pela polícia. No momento da prisão, Sílvia apresentou uma carteira funcional do Fórum João Mendes.
Segundo a polícia, ela disse em depoimento que não sabia do crime. Teria afirmado apenas que seus filhos e os colegas disseram que sairiam para tomar um café e que retornaram em seguida com as malas.
A família e os comparsas foram indiciados pelos crimes de roubo e formação de quadrilha. O Tribunal de Justiça afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que um procedimento interno foi aberto para apurar a conduta da funcionária. Se a participação dela for comprovada, Sílvia pode ser demitida do fórum, além de responder criminalmente.


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