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Funcionária de tribunal é acusada de roubo
Sílvia Maria Sansavero, 50, e seus dois filhos foram presos sob a suspeita de roubar malas de viagem de um taxista e de seu passageiro
Polícia crê que a família faça parte de uma quadrilha que segue taxistas do aeroporto de Guarulhos para praticar assaltos a passageiros
LUIS KAWAGUTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem passagem pela polícia e
funcionária do Tribunal de
Justiça, Sílvia Maria Sansavero,
50, e seus dois filhos foram presos sob a acusação de roubarem
malas de viagem de um taxista
e de seu passageiro no bairro da
Saúde, na zona sul de SP.
A polícia acredita que a família pertença a um bando especializado em seguir táxis do aeroporto internacional de Guarulhos para praticar roubos.
De acordo com a polícia, o
crime aconteceu anteontem,
por volta das 23h. O taxista e o
passageiro foram rendidos por
quatro criminosos, todos jovens e armados com um revólver de calibre 38, quando o táxi
estacionou na porta da casa do
passageiro, um administrador
de empresas, na rua Doutor
Nogueira Martins.
A quadrilha roubou oito malas, quatro de mão e quatro de
viagem, o aparelho de localização GPS do táxi e os colocaram
em um Siena, que era dirigido
por Sílvia, funcionária da área
cível do Fórum João Mendes.
Suspeita
Policiais militares que patrulhavam a região cruzaram com
o veículo e estranharam o fato
de a mulher estar acompanhada por quatro jovens suspeitos.
Enquanto perseguiam o Siena, os policiais receberam pelo
rádio a informação de que o taxista e o passageiro haviam acabado de ser assaltados. Eles
conseguiram então deter o veículo na avenida Rodrigues
Montemor, no Jabaquara, e
prender Sílvia, seu filho Vítor
Hugo Sansavero dos Santos, 19,
sua filha de 17, e os suspeitos
Leandro Maia de Souza, 20, e
Gabriel de Albuquerque Sá, 19.
Nenhum deles tinha passagem
pela polícia. No momento da
prisão, Sílvia apresentou uma
carteira funcional do Fórum
João Mendes.
Segundo a polícia, ela disse
em depoimento que não sabia
do crime. Teria afirmado apenas que seus filhos e os colegas
disseram que sairiam para tomar um café e que retornaram
em seguida com as malas.
A família e os comparsas foram indiciados pelos crimes de
roubo e formação de quadrilha.
O Tribunal de Justiça afirmou,
por meio de sua assessoria de
imprensa, que um procedimento interno foi aberto para
apurar a conduta da funcionária. Se a participação dela for
comprovada, Sílvia pode ser demitida do fórum, além de responder criminalmente.
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