DA REPORTAGEM LOCAL

O edifício onde ocorriam lutas de vale-tudo irregulares em Osasco, na Grande São Paulo, foi emparedado pela prefeitura, e os dois donos do local responderão por praticar a contravenção penal de jogo de azar. A polícia deve ouvir lutadores envolvidos para investigar possíveis casos de lesão corporais.
As lutas aconteciam desde março do ano passado, segundo seus organizadores. Já haviam sido realizados 14 campeonatos, o último deles na terça passada, acompanhado pela Folha. Anteontem, agentes da prefeitura e do Setor de Investigações Gerais da delegacia Seccional de Osasco (SIG) foram ao local fazer apreensões e fechar o estabelecimento.
Segundo a prefeitura, os organizadores da luta conhecida como Rio Heroes não tinham alvará de funcionamento. Eles tentaram registrar o local como uma academia de artes marciais, mas não conseguiram autorização da prefeitura. Devem ser obrigados a pagar multa de cerca de R$ 1.300 por funcionamento irregular.
Os responsáveis pelo local eram Jorge Pereira, 43, vice-presidente da Rio Heroes, e locutor oficial dos campeonatos, e Rogério Garbin, 34, um instrutor de artes marciais e organizador do evento. Eles foram indiciados pela polícia por promover jogo de azar, segundo o delegado Archimedes Cassão Veras Júnior, do SIG. Estrangeiros davam lances mínimos de US$ 50 em sites sediados no exterior. Por celular, nos EUA, Jorge Pereira disse à Folha para que procurasse seu advogado no Brasil. O advogado não retornou às ligações.


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