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Localização de córrego tira R$ 10 mi e metade da população de município do RJ
DA SUCURSAL DO RIO
A definição sobre a localização de um córrego pode definir
uma arrecadação de mais R$ 10
milhões para a Prefeitura de
Macuco, a 199 km do Rio, e quase dobrar a população do município. A área entre dois córregos, distantes sete quilômetros,
está em disputa no Supremo
Tribunal Federal com a cidade
vizinha, Cantagalo.
Macuco "herdou" a briga
com o vizinho ao se emancipar
há 14 anos de Cordeiro -esse,
por sua vez, se emancipou de
Cantagalo em 1943.
A lei de criação de Macuco
aponta como limite o córrego
Val de Palmas, usando como
base registros históricos de
quando a região ainda era distrito de Cantagalo. A Prefeitura
de Macuco afirma que o córrego passa a sete quilômetros do
centro urbano, tendo como base mapas e decretos da época.
Já a Prefeitura de Cantagalo
acredita que o córrego faz parte
de um rio que corta Macuco,
deixando de fora do município
um hospital e uma escola e cerca de 4.000 pessoas.
Por dois anos (1997 a 1999) o
município de Macuco teve o
que considera ser o seu real limite. No entanto, uma lei aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio aceitou o entendimento de Cantagalo, deixando
Macuco com pouco mais de
5.000 habitantes e "cortada ao
meio", como diz a prefeitura.
No pano de fundo da disputa
não estão apenas os moradores
do outro lado do córrego. Na
área em litígio encontram-se
três fábricas de cimento e áreas
de exploração de calcário. Nas
estimativas da Prefeitura de
Macuco, a cidade deixa de arrecadar R$ 10 milhões em impostos e repasses da União.
A Procuradoria Geral da República pediu a anulação da última lei por considerá-la inconstitucional e o retorno da
adoção do decreto original de
criação do município.
(IN)
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