São Paulo, terça-feira, 02 de março de 2004

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Falta de critérios na distribuição da verba é criticada

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Há 34 anos em Salvador, a Associação Baiana de Recuperação do Excepcional não consegue equilibrar as contas desde 1995, diz a superintendente Maria José Lobo da Silva, 64. Em janeiro deste ano, a entidade recebeu R$ 3.136, mas gasta R$ 100 mil/mês. Recorre a convênios e vende produtos leiloados pela Receita. "O governo não faz nenhuma força para ajudar Estados mais pobres."
Presidente da Abadef (Associação Baiana dos Deficientes Físicos), Luiza Câmera, 59, vê "uma panelinha muito grande entre o governo e algumas entidades". Segundo o Censo 2000, a Bahia tem 1,03 milhão de portadores de necessidades especiais, quase o dobro de São Paulo (574 mil). "Parece que o governo não enxerga os números. O fato é que não há critério para a distribuição das verbas."
Para a gerente-substituta de Assistência Social do Maranhão, Rosângela Bertoldo, a má distribuição dos recursos ainda reproduz o modelo da LBA (Legião Brasileira de Assistência), extinta em 95. "São programas carimbados e recursos carimbados, que ao longo dos anos não mudaram."


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