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Falta de critérios na distribuição da verba é criticada
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Há 34 anos em Salvador, a
Associação Baiana de Recuperação do Excepcional não consegue equilibrar as contas desde 1995, diz a superintendente
Maria José Lobo da Silva, 64.
Em janeiro deste ano, a entidade recebeu R$ 3.136, mas gasta
R$ 100 mil/mês. Recorre a convênios e vende produtos leiloados pela Receita. "O governo
não faz nenhuma força para
ajudar Estados mais pobres."
Presidente da Abadef (Associação Baiana dos Deficientes
Físicos), Luiza Câmera, 59, vê
"uma panelinha muito grande
entre o governo e algumas entidades". Segundo o Censo 2000,
a Bahia tem 1,03 milhão de portadores de necessidades especiais, quase o dobro de São
Paulo (574 mil). "Parece que o
governo não enxerga os números. O fato é que não há critério
para a distribuição das verbas."
Para a gerente-substituta de
Assistência Social do Maranhão, Rosângela Bertoldo, a
má distribuição dos recursos
ainda reproduz o modelo da
LBA (Legião Brasileira de Assistência), extinta em 95. "São
programas carimbados e recursos carimbados, que ao longo dos anos não mudaram."
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