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RIO
Prisão de William de Oliveira é criticada
Para líderes da Rocinha, detenção é "política"
DA SUCURSAL DO RIO
Líderes comunitários da Rocinha disseram ontem, durante debate na TV comunitária da favela,
que William de Oliveira, presidente de uma das associações de
moradores locais, detido na última quarta acusado de associação
com o tráfico de drogas, é um
"preso político". O seu fortalecimento, disseram, não interessa ao
"poder instituído".
Oliveira, 33, é acusado de fornecer celulares a traficantes e intermediar pagamento de propinas a
policiais. Sua prisão foi criticada
por parte da elite. O diretor-executivo do Viva Rio, Rubem César
Fernandes, e a vereadora Andréia
Gouvêa Vieira (PSDB) elogiaram
sua atuação na associação.
O advogado do presidente da
União Pró-Melhoramentos da
Rocinha, Alexandre Dumans, responsabilizou o governo do Estado
por usar "o direito penal como
forma de controle social".
Ontem, em debate na TV Rocinha, o presidente da Casa de Cultura da favela, Maurício Fagundes, disse que a favela não pode se
organizar porque "incomoda".
Procurada pela Folha, a assessoria da Secretaria de Segurança
do Rio remeteu a reportagem a
um texto divulgado na internet
em que o secretário Marcelo Itagiba critica defensores de Oliveira.
"O policial assassinado [anteontem, no Vidigal] também foi
morto por uma minoria da elite
que é conivente com esse tipo de
crime", diz Itagiba no texto.
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