São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2005

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RIO

Prisão de William de Oliveira é criticada

Para líderes da Rocinha, detenção é "política"

DA SUCURSAL DO RIO

Líderes comunitários da Rocinha disseram ontem, durante debate na TV comunitária da favela, que William de Oliveira, presidente de uma das associações de moradores locais, detido na última quarta acusado de associação com o tráfico de drogas, é um "preso político". O seu fortalecimento, disseram, não interessa ao "poder instituído".
Oliveira, 33, é acusado de fornecer celulares a traficantes e intermediar pagamento de propinas a policiais. Sua prisão foi criticada por parte da elite. O diretor-executivo do Viva Rio, Rubem César Fernandes, e a vereadora Andréia Gouvêa Vieira (PSDB) elogiaram sua atuação na associação.
O advogado do presidente da União Pró-Melhoramentos da Rocinha, Alexandre Dumans, responsabilizou o governo do Estado por usar "o direito penal como forma de controle social".
Ontem, em debate na TV Rocinha, o presidente da Casa de Cultura da favela, Maurício Fagundes, disse que a favela não pode se organizar porque "incomoda".
Procurada pela Folha, a assessoria da Secretaria de Segurança do Rio remeteu a reportagem a um texto divulgado na internet em que o secretário Marcelo Itagiba critica defensores de Oliveira.
"O policial assassinado [anteontem, no Vidigal] também foi morto por uma minoria da elite que é conivente com esse tipo de crime", diz Itagiba no texto.


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