São Paulo, segunda, 2 de março de 1998

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Vítima critica a demora

da Agência Folha,

em São José do Rio Preto Os personagens da tragédia do edifício Itália tiveram de recomeçar a vida a partir da roupa do corpo, sem documentos.
Todos criticam a demora na divulgação dos laudos. O IPT prometeu o seu para "depois do Carnaval". O Crea adiou duas vezes a divulgação de seu relatório. Os demais órgãos não definiram prazos.
"A sensação é de impunidade, de descaso. Depois de quase cinco meses, não existe um culpado, os únicos punidos somos nós", diz a comerciante Irani Stefanini, que morava no prédio que caiu.
Ela "garimpou" quatro dias os escombros, de onde recolheu fotos da família e algumas jóias.
O síndico do condomínio, Valter Edson Lázaro, que avisou os moradores de porta em porta antes do desabamento, pretende voltar a morar no terceiro andar do edifício Espanha.
O casal de aposentados Francisco, 77, e Araci Martins, 73, teve duas casas soterradas. Cego, ele diz ter dificuldades para se locomover na casa da filha, com quem passou a morar.



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