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SEGURANÇA
Apenas 1 pessoa morreu durante confronto com a PM no ano passado em Bauru
Polícia comunitária reduz violência
WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Bauru
Apenas uma pessoa foi morta
em confronto com a Polícia Militar durante todo o ano de 97 na
região de Bauru (SP) -área que
reúne 49 cidades e cerca de um milhão de habitantes.
O comando local da PM atribui o
resultado à implantação na região
da polícia comunitária, programa
que tem objetivo de integrar o policial na comunidade. Ele vem sendo desenvolvido há quatro anos
em Bauru.
Crimes
Apesar de a violência da ação da
PM ter diminuído, a criminalidade na região de Bauru está aumentando, de acordo com a avaliação
da própria corporação.
Só na cidade de Bauru, o total de
ocorrências envolvendo diversos
tipos de crime foi de 28.082, em
93. Em 96, o número chegava a
38.022. Os números do ano passado ainda não estão contabilizados,
mas, segundo a PM, reforçam a
tendência de crescimento.
Maior conhecimento dos problemas da comunidade e convivência diária com os moradores
-principais consequências do
programa de policiamento comunitário- são fatores que ajudam a
explicar a diminuição da violência
da corporação no interior.
Segundo dados da PM, em 94,
primeiro ano de implantação do
programa, oito pessoas foram
mortas em confronto com a PM.
No ano seguinte, o número caiu
para cinco. Em 96, duas pessoas
morreram durante enfrentamentos com a polícia, segundo a versão oficial. No ano passado, foi registrado apenas uma morte.
As mortes em confronto com a
PM ocorrem quase sempre nas
duas maiores cidades da região,
Bauru e Jaú. Estas duas cidades
têm população estimada em cerca
de 550 mil pessoas.
Pessoal
Segundo a PM, 60% dos candidatos a uma vaga na corporação
na região de Bauru têm 2º grau e
15% têm nível universitário.
Na região de Bauru, os policiais
têm regularmente cursos de reciclagem e são incentivados a procurar tratamento psicológico
diante de qualquer problema pessoal ou profissional.
Antes mesmo de se envolver em
algum conflito, os PMs passam
por acompanhamento de psicólogos oferecido pela corporação a título de prevenção.
"Os policiais são orientados a só
sacar a arma como recurso extremo, quando a sua vida e a de outras pessoas estejam em risco",
afirma o tenente Jorge Duarte Miguel, comandante interino de uma
das companhias de policiamento
da cidade.
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