São Paulo, Terça-feira, 02 de Março de 1999
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Secretário alega compromisso e adia depoimento à polícia

da Reportagem Local

O secretário municipal de Obras e Vias Públicas, Alfredo Mário Savelli, não compareceu ontem para prestar depoimento à polícia conforme havia sido combinado no último sábado entre ele e o delegado Romeu Tuma Jr., que investiga a máfia dos fiscais.
A presença de Savelli no Instituto de Criminalística chegou a ser confirmada de manhã por Celso Pitta. Pouco antes das 17h, no entanto, o secretário falou com Tuma pelo telefone e disse que só poderia comparecer na próxima sexta porque tinha compromissos marcados.
Como Savelli havia apenas sido convidado verbalmente a prestar esclarecimentos à polícia, nada pôde ser feito. O delegado, porém, mandou um ofício marcando a conversa para as 16h de hoje.
A polícia quer ouvir Savelli porque dois funcionários de alto escalão da Secretaria das Administrações Regionais (SAR) são citados por três ambulantes e um empresário como receptadores de propina. Savelli foi titular da SAR até o final do ano passado.
O dinheiro teria sido extorquido de camelôs a partir de maio de 98, quando a prefeitura determinou que as barracas de comércio ambulante fossem padronizadas.
O empresário José Novaes Neto, dono da empresa W.Sita, foi preso ontem acusado de extorsão. A W.Sita fabrica as bancas dentro dos padrões exigidos pela prefeitura e estaria cobrando dos ambulantes valores abusivos pela entrega das mesmas. O excedente, segundo Novaes, seria repassado para os dois funcionários da SAR.


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