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SAÚDE
Técnicos vão inspecionar planos de controle de qualidade do ar
Governo estabelece norma para ambiente com ar-condicionado
da Reportagem Local
A partir de agora, todas as empresas e edifícios com ar-condicionado terão que fazer uma manutenção rigorosa dos aparelhos.
Nova portaria do Ministério da
Saúde, válida desde ontem, estabelece que aqueles que não apresentarem condições ideais de limpeza
e manutenção poderão levar multa
de até R$ 200 mil.
O objetivo do ministério é prevenir problemas de saúde, como
alergia, rinite, sinusite e infecções
no sistema respiratório.
Segundo Luiz Fernando Góes Siqueira, professor da Faculdade de
Saúde Pública de São Paulo e
membro do conselho científico da
Brasindoor (Sociedade Brasileira
de Meio Ambiente e Controle de
Qualidade de Ar de Interiores), a
manutenção adequada do sistema
ajuda a reduzir os riscos dessas
doenças. Siqueira participou da
criação da portaria do ministério.
As empresas terão de apresentar
um plano de manutenção, operação e controle do sistema de ar refrigerado e um técnico responsável
pelo ambiente.
"Tudo isso já era exigido antes,
mas ninguém cumpria. Agora seremos mais rigorosos", afirmou o
secretário Nacional da Vigilância
Sanitária, Gonzalo Vecina Neto.
Os técnicos vão inspecionar inicialmente os documentos e compartimentos do sistema refrigerado, como filtros e bandejas. Se for
constatada falta de higienização no
aparelho, a empresa será multada.
O valor vai depender do tipo de
empresa, quantas pessoas estão
expostas ao ambiente e a falha
apresentada. No caso de falta de
um plano de controle e de um responsável, por exemplo, a falta é
considerada gravíssima e a multa
pode chegar a R$ 200 mil.
Apesar de a portaria 3.523 já estar valendo, o Ministério da Saúde
ainda não finalizou estudos sobre
qualidade de partículas em ambientes e sobre edifícios doentes.
Após a conclusão, o ministério vai
definir se será necessário fazer avaliação dos ambientes, a partir da
coleta de amostra de ar.
Segundo a Brasindoor, no Brasil
o limite máximo é de 750 ufc (unidade formadora de colônia) por m3
de ar. Já pela OMS, o limite é de 500
ufc. "Ainda há polêmica sobre os
valores," disse Vecina. Ontem, o
Centro Empresarial de São Paulo
recebeu certificado de qualidade
do ar, da Bransindoor.
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